Vitorino sugere a Relvas que aprenda a cantar a Grândola

O artista alentejano foi uma das vozes que cantaram a Grândola, Vila Morena, no Terreiro do Paço, em Lisboa, no final da manifestação organizada pelo movimento Que se Lixe a Troika.

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O artista alentejano foi uma das vozes que cantaram a Grândola, Vila Morena, no Terreiro do Paço, em Lisboa, no final da manifestação organizada pelo movimento Que se Lixe a Troika.

“Aquilo não era cantar, era grasnar. Ele tentava fazer uma piada marialva, ele que vá aprender a cantar bem”, recomendou o músico, aludindo a um protesto que decorreu em meados de Fevereiro, durante uma conferência realizada à noite, em Gaia, e na qual participava o governante. Relvas foi interrompido durante a sua intervenção por algumas pessoas que cantaram a canção de Zeca Afonso, e tentou cantar também.

Para Vitorino, os milhares de pessoas que entoaram Grândola, Vila Morena são um “público especial”. “A Grândola faz bater o coração, e temos de a ensinar aos europeus. Nós sempre tivemos muito para ensinar”, reiterou.

O “cantautor” considerou que entoar a canção popularizada no 25 de Abril de 1974 “não mata, mas sempre rói”. Para o artista, esta canção também deve ser bem aprendida pelos mais jovens, porque “tem de ser utilizada com eficiência, mas também com algum cuidado estético”.

O movimento Que se Lixe a Troika convocou manifestações em mais de 40 cidades, em Portugal e no estrangeiro, para pedir o fim das políticas de austeridade. A manifestação coincide com a presença da delegação da troika (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), em Lisboa, para fazer a sétima avaliação do memorando de entendimento.

As manifestações foram antecedidas por diversos protestos que ocorreram nas últimas semanas, junto de governantes, quase sempre ao som de Grândola, Vila Morena.