Vice-presidente pede que acabem rumores sobre saúde de Chávez

Em Caracas, já se começa a pensar em novas eleições presidenciais.

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Chávez venceu as eleições de Outubro, mas não chegou a tomar posse Carlos Garcia Rawlins/Reuters

Maduro acusou os media internacionais de estarem a executar uma “campanha para destabilizar o país, mentindo sobre Chávez”. “Até onde vão chegar, burgueses? Parem o ataque contra o comandante, parem com os rumores e chega de utilizar uma situação que é delicada para todos para criar desestabilização”, afirmou, citado pelo jornal El Universal.

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Maduro acusou os media internacionais de estarem a executar uma “campanha para destabilizar o país, mentindo sobre Chávez”. “Até onde vão chegar, burgueses? Parem o ataque contra o comandante, parem com os rumores e chega de utilizar uma situação que é delicada para todos para criar desestabilização”, afirmou, citado pelo jornal El Universal.

O vice-presidente, nomeado por Chávez antes de este ter ido para Cuba a 10 de Dezembro para ser operado, visou directamente o jornal espanhol ABC, bem como a estação de rádio e televisão colombiana Caracol. Chamou-lhes “fascistas” e acusou-os de mentir e de não terem “respeito pelo ser humano que está a ser tratado”.

A especulação em torno do estado de saúde de Chávez tem-se avolumado, à medida que aumenta o tempo em que o Presidente venezuelano permanece afastado dos olhos do público. Já não é visto desde que voo para Cuba. Regressou ao país a 18 de Fevereiro, segundo foi anunciado no Twitter.

O Governo garante que Chávez permanece aos comandos do país, apesar de estar internado no hospital. Há uma semana que não é divulgada informação sobre a saúde do Presidente, com as notícias mais recentes a darem conta de uma infecção respiratória.
 
Nesta sexta-feira, o jornal ABC afirmou que Chávez tinha sido transferido “há vários dias” para uma residência oficial na ilha de La Orchila, onde poderia passar os últimos dias em família. A rádio Caracol deu esta informação via Twitter.
 
Em Caracas, o ambiente já parece o de uma campanha eleitoral, descreveu nesta sexta-feira o correspondente da agência Reuters, Andrew Cawthorne. As paredes começam a encher-se de cartazes com o rosto de Nicolás Maduro e a oposição já deu início a reuniões para escolher o seu candidato caso as presidenciais, que tiveram lugar em Outubro, tenham que ser repetidas.