Irão recusa conversações directas com EUA

Supremo Líder da República Islâmica, ayatollah Ali Khamenei, recusa negociar "com uma pistola apontada à cabeça".

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O ayatollah Khamenei recusou negociar directamente com a América Reuters

“Algumas pessoas ingénuas gostam da ideia de negociar com a América, no entanto, negociações não iriam resolver problemas”, disse Khamenei, citado pelos media iranianos. E apresentou as conversações como uma maneira dos EUA terem poder sobre a República Islâmica, sugerindo que as conversações decorreriam com os EUA “a apontar uma arma ao Irão”: “Se algumas pessoas querem a lei americana estabelecida de novo no Irão, a nação irá levantar-se para os enfrentar.”

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“Algumas pessoas ingénuas gostam da ideia de negociar com a América, no entanto, negociações não iriam resolver problemas”, disse Khamenei, citado pelos media iranianos. E apresentou as conversações como uma maneira dos EUA terem poder sobre a República Islâmica, sugerindo que as conversações decorreriam com os EUA “a apontar uma arma ao Irão”: “Se algumas pessoas querem a lei americana estabelecida de novo no Irão, a nação irá levantar-se para os enfrentar.”

O vice presidente norte-americano Joe Biden sugeriu conversações directas, independentes das discussões internacionais alargadas que deveriam ter lugar este mês sobre o programa nuclear do país. O Irão está sujeito a uma série de sanções internacionais. Os Estados Unidos alargaram as suas sanções esta quarta-feira.

A Administração Obama já tinha oferecido conversações directas ao Irão em Janeiro de 2009 dizendo que o faria sem pré-condições, uma mudança à abordagem diplomática na altura. Mas não houve qualquer avanço. As conversações bilaterais directas entre EUA e Irão foram de novo tema durante a campanha eleitoral para as presidenciais americanas no final do ano passado, com o New York Times a noticiar os termos de um possível acordo para o início de negociações.