Soldado paquistanês morto na fronteira de Caxemira

É o terceiro incidente do género, e a quarta morte, desde domingo, entre militares do Paquistão e da Índia naquela disputada região.

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Soldados indianos reforçam a segurança na fronteira Tauseef Mustafa/AFP

Numa curta mensagem enviada aos jornalistas, um porta-voz das Forças Armadas de Islamabad afirma que o militar foi morto num ataque “não provocado” contra um posto fronteiriço no sector de Battal, ao início da tarde desta quinta-feira. Pouco depois, um porta-voz do Exército indiano, questionado pela BBC, disse apenas que os seus soldados dispararam para responder a tiros disparados do outro lado da fronteira.

Desde domingo que a situação é tensa na já delicada região de Caxemira – território nos Himalaias dividido pelos dois países, mas que ambos reclamam na íntegra. Nesse dia, um soldado paquistanês foi morto por disparos de militares indianos. Dois dias depois, na terça-feira, o Exército indiano denunciou uma incursão militar paquistanesa, durante a qual dois soldados indianos terão sido mortos e os seus corpos mutilados, uma acusação desmentida por Islamabad.

A disputa por Caxemira esteve na origem de duas das três guerras que opuseram os dois países desde a independência do império britânico, em 1947. Em 1999, o Exército de Nova Deli travou durante meses um sangrento conflito com grupos armados apoiados pelo Paquistão, parte de uma insurreição contra o domínio indiano sobre um território onde a maioria da população é muçulmana.

Qualquer incidente na região tem, por isso, o potencial de reacender um novo conflito entre os dois países, agora potências nucleares. Contudo, na última década, a tensão diminuiu com sucessivas iniciativas de aproximação que, sem terem conduzido a uma normalização das relações, torna mais improvável o regresso a um conflito armado. Sinal disso, as declarações apaziguadoras com que os dois governos têm reagido aos incidentes. “Não podemos nem devemos permitir uma escalada destes acontecimentos infelizes”, disse na quarta-feira o chefe da diplomacia indiana, citado pela BBC.
 

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Numa curta mensagem enviada aos jornalistas, um porta-voz das Forças Armadas de Islamabad afirma que o militar foi morto num ataque “não provocado” contra um posto fronteiriço no sector de Battal, ao início da tarde desta quinta-feira. Pouco depois, um porta-voz do Exército indiano, questionado pela BBC, disse apenas que os seus soldados dispararam para responder a tiros disparados do outro lado da fronteira.

Desde domingo que a situação é tensa na já delicada região de Caxemira – território nos Himalaias dividido pelos dois países, mas que ambos reclamam na íntegra. Nesse dia, um soldado paquistanês foi morto por disparos de militares indianos. Dois dias depois, na terça-feira, o Exército indiano denunciou uma incursão militar paquistanesa, durante a qual dois soldados indianos terão sido mortos e os seus corpos mutilados, uma acusação desmentida por Islamabad.

A disputa por Caxemira esteve na origem de duas das três guerras que opuseram os dois países desde a independência do império britânico, em 1947. Em 1999, o Exército de Nova Deli travou durante meses um sangrento conflito com grupos armados apoiados pelo Paquistão, parte de uma insurreição contra o domínio indiano sobre um território onde a maioria da população é muçulmana.

Qualquer incidente na região tem, por isso, o potencial de reacender um novo conflito entre os dois países, agora potências nucleares. Contudo, na última década, a tensão diminuiu com sucessivas iniciativas de aproximação que, sem terem conduzido a uma normalização das relações, torna mais improvável o regresso a um conflito armado. Sinal disso, as declarações apaziguadoras com que os dois governos têm reagido aos incidentes. “Não podemos nem devemos permitir uma escalada destes acontecimentos infelizes”, disse na quarta-feira o chefe da diplomacia indiana, citado pela BBC.