Portuguesa WeDo abre nova representação nos Estados Unidos
Depois de ter comprado uma companhia norte-americana, a tecnológica abriu ontem novas instalações em Washington
Quatro meses depois de ter garantido a aquisição de uma empresa norte-americana, a tecnológica portuguesa WeDo abriu ontem uma nova representação na capital dos Estados Unidos. O novo espaço, na zona de Bethesda, visa potenciar o negócio na maior economia do mundo, a par com as instalações comerciais que já possuía em Chicago, desde 2007.
A WeDo, uma companhia que integra o universo da Sonaecom (proprietária do PÚBLICO), opera na área do chamado business and revenue assurance (soluções tecnológicas de garantia de negócio e de receita). Conta, actualmente, com subsidiárias ou representações em 15 países e dispõe de uma base de clientes que se estende por 80 países. Em Maio passado, a empresa anunciou a compra da norte-americana Connectiv Solutions, que opera no mercado de soluções de gestão de custos em redes de telecomunicações fixas e móveis.
A inauguração da nova representação da WeDo em Washington contou com a presença do secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação, Carlos Oliveira. Em declarações à Lusa, o governante afirmou que a compra de uma empresa norte-americana pela companhia portuguesa deve ser "um exemplo inspirador" para o sector empresarial português.
Carlos Oliveira visitou Boston e Washington, onde manteve encontros com empreendedores da diáspora portuguesa e com o MIT - Massachusetts Institute of Technology. A agenda incluiu também a presença na inauguração das novas instalações da WeDo Consulting no mercado norte-americano.
"É um dos sinais importantes. Deve ser inspirador uma empresa portuguesa que adquire uma empresa norte-americana e que vem para um dos mercados mais competitivos do mundo. É uma aposta feita num mercado exigente e que demonstra a capacidade de empreender em Portugal", afirmou Carlos Oliveira.
O secretário de Estado visitou ainda a loja do melhor bolo de chocolate do mundo - The Best chocolate cake in the world -, um conceito português que se internacionalizou para os Estados Unidos. "São dois exemplos relevantes de empreendedorismo de empresas de diferentes sectores que apostam na internacionalização e na inovação para alavancar os seus negócios", disse. Estes dois casos "devem ser exemplos inspiradores, [pois] mesmo nos momentos difíceis que a economia portuguesa atravessa há oportunidades", adiantou Carlos Oliveira.
No âmbito da visita, o secretário de Estado reuniu-se na segunda-feira, em Boston, com empreendedores portugueses na diáspora "que têm feito um trabalho relevante na criação de empresas e dos seus negócios". O objectivo do encontro foi perceber como desenvolver uma relação mais próxima entre estes empreendedores e os empreendedores portugueses em termos de apoio ao investimento em Portugal e às empresas que queiram vir para os Estado Unidos, explicou. PÚBLICO/Lusa