PS quer Miguel Macedo no Parlamento para explicar relatório sobre fogo no Algarve

Foto
O ministro disse que o relatório devia servir para anotar as imperfeições Daniel Rocha

A Assembleia da República deve ter “rapidamente” conhecimento do relatório feito pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) a pedido do ministro Miguel Macedo, disse o deputado do PS Miguel Freitas à agência Lusa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Assembleia da República deve ter “rapidamente” conhecimento do relatório feito pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) a pedido do ministro Miguel Macedo, disse o deputado do PS Miguel Freitas à agência Lusa.

Em causa está o relatório sobre o incêndio que consumiu cerca de 24.000 hectares na Serra do Caldeirão, entre 18 e 21 de Julho. O PÚBLICO noticiou hoje que o documento não apresenta conclusões nem uma avaliação crítica da forma como o fogo foi combatido, apesar de Miguel Macedo ter referido que este deveria “servir para tirar conclusões para o futuro e anotar as imperfeições”.

Hoje, o deputado socialista, Miguel Freitas, considerou o documento “inócuo”, adiantando que era “importante ter um relatório exaustivo e que fosse capaz de mostrar exactamente aquilo que se passou”. “Um relatório sem conclusões não é um relatório”, sustentou.

Miguel Freitas, que também é o coordenador do PS para a área da administração, afirmou que o relatório “vem confirmar as preocupações do PS”, relembrando que os socialistas alertaram o ministro para a necessidade de incorporar no documento “saber técnico e científico independente”.

O deputado disse ainda que o “grande objectivo deste relatório era fazer a avaliação deste fogo” e melhorar o sistema, mas “não fazer inquéritos sumários”.

Carla Aguiar, assessora de imprensa do ministro, disse ao PÚBLICO que Miguel Macedo “vai ler o relatório provavelmente durante o fim-de-semana e antes de segunda-feira não se pronunciará sobre ele”.