Mais sanções dos EUA contra Assad e Hezbollah

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objectivo será aumentar a pressão sobre Assad mas também sobre o Irão, aliado de Damasco Louai Beshara/AFP

O objectivo será aumentar a pressão sobre Assad mas também sobre o Irão, aliado de Damasco que apoia o movimento xiita do Líbano.

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O objectivo será aumentar a pressão sobre Assad mas também sobre o Irão, aliado de Damasco que apoia o movimento xiita do Líbano.

Num comunicado, o Departamento do Tesouro norte-americano acusa o grupo do xeque Hassan Nasrallah de “facilitar” a formação das forças sírias pelos Guardas da Revolução iranianos e nota o seu “papel substancial” na expulsão de opositores sírios — a maioria dos activistas sírios evita de facto o Líbano, sabendo que muitos já foram interpelados ou até devolvidos à Síria.

O grupo, que os EUA já consideram uma organização terrorista, passa agora a integrar uma lista de organizações que podem ser alvo de sanções por apoio à Síria

O anúncio chegou na véspera de uma nova visita da secretária de Estado, Hillary Clinton, à Turquia, para se reunir com responsáveis governamentais e membros da oposição a Assad. Em Istambul, Clinton vai tentar obter “um retrato claro da eficácia do que estamos a fornecer [à oposição] e ver se há coisas adicionais que possamos fazer”, disse ao Washington Post um responsável do Departamento de Estado.

O jornal ouviu vários responsáveis e conclui que é pouco provável que a Administração de Barack Obama decida aumentar o seu envolvimento não diplomático na Síria antes das presidenciais de Novembro.

O Reino Unido, que oficialmente só contribuiu com financiamento e equipamentos de comunicações para a oposição no exílio, anunciou uma ajuda de 5,5 milhões de libras (sete milhões de euros), dinheiro que pela primeira vez será entregue ao Exército Livre. Londres estabeleceu recentemente contacto directo com os grupos de desertores que combatem as forças de Assad dentro da Síria.