Pistas de leitura para compreender o universo “higgsiano”

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Uma representação gráfica que traduz a colisão entre protões CERN
Uma outra maneira de ver o bosão de Higgs

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Uma outra maneira de ver o bosão de Higgs

Suponhamos que o Higgs é um jornalista e que as outras partículas subatómicas são figuras políticas que atravessam uma sala (o Universo). O movimento - a velocidade de deslocação - de cada político dentro do grupo de jornalistas (o campo de Higgs) será mais ou menos lento dependendo do número de jornalistas que os querem entrevistar e que se aglutinam à sua volta.

Quanto mais jornalistas (mais Higgs) o político tiver a travar a sua passagem, maior o peso mediático desse político... ou seja, maior a massa dessa partícula. Pelo contrário, um político que ninguém está interessado em entrevistar será mais leve (terá menos massa) e poderá deslocarse no meio dos jornalistas sem abrandar tanto, interagindo muito menos com o campo de Higgs.

Supersimetria ou SUSY

O Modelo-Padrão é uma forma artificial de explicar a existência do Universo e os físicos acreditam que deve haver uma teoria mais "natural".

A supersimetria é uma das candidatas possíveis: é uma teoria que estende o Modelo-Padrão, criando para cada uma das partículas desse modelo "partículas-parceiras" - uma espécie de "tabela-sombra" da Física. O número de partículas mais do que duplica em relação ao Modelo-Padrão, porque para o bosão de Higgs existem cinco parceiras. Não há ainda nenhuma prova directa da existência destas partículas supersimétricas - e, por isso, a descoberta de um bosão de Higgs compatível com as previsões da supersimetria seria uma estreia absoluta.