Já se sabia que os norte-americanos Magnetic Fields de Stephin Merrit (2 de Maio), com álbum novo acabado de editar, iriam ser um dos destaques da programação do Maria Matos, em Lisboa, para os próximos meses, mas há mais para descobrir. Por exemplo, os excelentes Roll The Dice (4 de Abril), uma misteriosa dupla sueca (Malcolm Pardon e Peder Mannerfeit) que se move pelos terrenos da electrónica exploratória, com influências do krautrock alemão, e com fama de concretizar espectáculos memoráveis, com auxílio de componente visual. O seu último álbum, do ano passado, chama-se In Dust. Não menos misterioso e fascinante é o americano Josh T. Pearson, autor de um magnífico álbum de folk despojada (Last Of The Country Gentlemen), que mostrou no âmbito do Mexefest de Dezembro, em Lisboa. Regressa agora, a 22 de Maio, para um concerto inteiro, a solo, que muito promete. O alemão Robert Henke, histórico fundador do projecto electrónico Monolake, na companhia dos portugueses Pedro Carneiro e Ricardo Guerreiro, apresentar-se-á a 20 de Maio, no âmbito do ciclo Metasonic Opensound, da editora Granular. O projecto Filho da Mãe com convidados (a 24 de Abril) e Tiago Sousa (a 14 Junho) são outros destaques da programação musical do Maria Matos para os próximos três meses.

Nos campos do teatro e da dança, e em parceria com o festival Alkantara, haverá oportunidade para se assistir a The Fault Lines, a nova criação de Meg Stuart, Philipp Gehmacher & Vladimir Miller (26 e 27 Maio). Novos espectáculos de Miguel Pereira (O meu nome é Georgeanne), Patrícia Portela com Christoph de Boeck (Hortus), e uma incursão na Nora, de Ibsen, pelos belgas Tg Stan serão outros acontecimentos dos próximos meses, que contarão ainda com três palestras sobre política por Evan Calder Williams, Martin Breaugh e Sandro Mezzadra.