Passe que inclui estacionamento e transportes com 90 adesões mensais

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Emel vende um passe que permite estacionar e viajar na Carris e metro jonatas luzia

Lançado há quatro meses, o passe mensal que inclui estacionamento em Lisboa e viagens na Carris e no metro conquistou uma média de 90 utilizadores por mês. Nalguns dos parques aderentes ao sistema de park&ride já é difícil arranjar vagas, mas outros há em que a procura tem sido inferior às expectativas.

Este título de transporte, carregável no cartão Lisboa Viva, começou por custar 49 euros, mas desde o início deste mês aumentou para 51,5 euros. Quem o adquirir pode deixar o seu veículo num de nove parques de estacionamento em Lisboa (sete municipais e dois privados) e viajar na rede urbana dos operadores de transportes públicos.

Segundo números facultados ao PÚBLICO pelo vereador de Mobilidade da Câmara de Lisboa, em Outubro de 2011 foram adquiridos 47 passes de park&ride (sendo que as vendas só arrancaram no dia 15), em Novembro 114 e em Dezembro 110. Este número resulta do somatório dos dados de vendas da Carris, do Metropolitano de Lisboa, da Empresa Pública Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (Emel) e da Empark.

Quando este sistema começou a ser divulgado, já lá vai um ano, a autarquia anunciou que seriam dez os parques aderentes, o que representava mais de cinco mil lugares de estacionamento. Aos potenciais interessados nunca foi, no entanto, explicado que só uma parte desses lugares seria disponibilizada para os portadores do passe de park&ride.

Além disso, os dez parques acabaram afinal por ser nove, já que o da Estação do Oriente não chegou a integrar esta iniciativa. Segundo uma responsável do Marketing, Comunicação e Imagem da Empark, a exclusão dessa infra-estrutura aconteceu porque "a GIL [Gare Intermodal de Lisboa] iniciou um processo de concurso para a gestão daquele parque".

Sendo assim, a Empark aderiu ao park&ride apenas com Alvalade XXI e Docas, onde foram disponibilizadas, respectivamente, 650 e 350 vagas para este título de transporte. No primeiro parque foram vendidos três títulos em Outubro e quatro em cada um dos meses seguintes e no segundo não houve qualquer venda.

Sónia Nabais Inês, do gabinete de marketing, comunicação e imagem da empresa, admite que, quatro meses volvidos, "a adesão está abaixo da expectativa", mas salvaguarda que "o sistema está ainda no seu início". Esta responsável acrescenta que o facto de existir desde 2008 um título de transporte que integra viagens no Metropolitano de Lisboa e estacionamento no parque Alvalade XXI "retira alguma força" ao park&ride.

Quanto à Emel, o seu director comercial e de parques afirma que tem havido uma "adesão significativa" ao novo título de transporte. Nos parques da Biblioteca Nacional (junto a Entrecampos), Colégio Militar e Campo Grande, "a existência de vagas é mais difícil, dada a grande procura", adianta José Morgado. Pelo contrário, os da Avenida Álvaro Pais e do Areeiro são aqueles onde é mais fácil arranjar lugar.

Segundo explica este responsável, nesses cinco parques e também nos de Sete Rios e Universidade (na Cidade Universitária) não há vagas disponibilizadas em exclusivo para o park&ride. O que há, refere José Morgado, é um conjunto de lugares reservados para assinaturas mensais, sejam esse título ou avenças com residentes, comerciantes e público em geral. "Dependendo dos casos, as assinaturas, no global, estão abertas até cerca de 85 a 90% dos lugares" totais de cada parque, acrescenta o director comercial e de parques da Emel.

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