Agência Fitch baixa rating de cinco países do euro

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Fitch mantém o rating português com perspectiva negativa Foto: Pedro Cunha

A Fitch cortou a nota de Espanha e da Eslovénia em dois níveis, de AA- para A. Também com um corte de dois níveis, a Itália, que já estava abaixo da avaliação destes dois países, passou do nível A+ para A-.

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A Fitch cortou a nota de Espanha e da Eslovénia em dois níveis, de AA- para A. Também com um corte de dois níveis, a Itália, que já estava abaixo da avaliação destes dois países, passou do nível A+ para A-.

A Bélgica teve um corte em um nível, passando do degrau AA+, o segundo mais elevado em 20 níveis de avaliação da Fitch, para AA. Com uma descida de um nível, o Chipre passou do nível BBB para BBB-.

Os cinco países estavam em processo de revisão de rating, num grupo de países onde se incluía a Irlanda, que viu a sua nota (BBB+) inalterada, embora continue em perspectiva negativa, ou seja, com uma probabilidade de um corte. O mesmo acontece com os cinco países que sofreram uma revisão em baixa.

Para além destes, continuam com perspectiva negativa Portugal, actualmente classificado com a nota BB+, e França, avaliada com o triplo A, a nota máxima.

Para quatro dos cinco países hoje visados pelo corte pela Fitch (Itália, Espanha, Eslovénia e Chipre), é a segunda revisão de rating que enfrentam em duas semanas por parte de duas das maiores agências de notação mundiais e cujas avaliações são tidas em conta pelo Banco Central Europeu.

Os fundamentos da Fitch para justificar esta revisão aproximam-se das justificações da Standard & Poor’s quando, a 13 de Janeiro, baixou a nota de crédito de nove países da zona euro.

A agência considera haver uma deterioração das perspectivas económicas nos cinco países visados. Itália, Espanha, Bélgica e Eslovénia poderão vir a precisar de “suporte oficial/bilateral”, ideia que a agência não clarifica, observando apenas que os seus ratings já reflectem um baixo nível de crédito de investimento.

A agência faz ainda referência “ao rácio da dívida pública” italiana e à degradação das perspectivas económicas de Espanha. E revela “receios” sobre a situação específica do sector bancário cipriota e esloveno.