Troika quer que empresas também cortem nos salários em 2012

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Troika falou sobre a avaliação do programa de ajustamento Foto: Rui Gaudêncio/arquivo

“A fim de melhorar a competitividade dos custos da mão-de-obra, os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público e aplicar reduções sustentadas”, refere a troika no comunicado hoje divulgado, sobre a segunda avaliação do cumprimento do programa de ajuda externa.

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“A fim de melhorar a competitividade dos custos da mão-de-obra, os salários do sector privado deverão seguir o exemplo do sector público e aplicar reduções sustentadas”, refere a troika no comunicado hoje divulgado, sobre a segunda avaliação do cumprimento do programa de ajuda externa.

Na conferência de imprensa onde os representantes da troika falaram sobre a sua avaliação do programa de ajustamento, o chefe de missão da Comissão Europeia, Jürgen Kröger, justificou estas afirmações com o facto de Portugal ter “um problema de competitividade muito forte”.

“Os exportadores portugueses têm de concorrer com países onde custo de mão-de-obra é mais baixo”, afirmou Jürgen Kröger, salientando que isso só se consegue por duas vias: ou pagando menos pela mão-de-obra ou aumentando a produtividade e estimulando o crescimento.

Para o responsável da Comissão Europeia, a contaminação dos cortes salariais na função pública para o sector privado “é óbvia”. No Orçamento do Estado para 2012 está previsto a manutenção do corte salarial médio de 5% e ainda a eliminação dos subsídios de férias e Natal.