Governo quer suprimir mais funcionários públicos do que obriga acordo com a troika

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Nuno Ferreira Santos (arquivo)

Esta intenção foi confirmada hoje ao PÚBLICO pelo Ministério das Finanças, que no entanto não confirmou, nem desmentiu, que isso signifique que pretenda duplicar os objectivos definidos naquele acordo – de uma redução anual de um por cento na administração central e de dois por cento nas administrações locais e regionais, até 2014.

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Esta intenção foi confirmada hoje ao PÚBLICO pelo Ministério das Finanças, que no entanto não confirmou, nem desmentiu, que isso signifique que pretenda duplicar os objectivos definidos naquele acordo – de uma redução anual de um por cento na administração central e de dois por cento nas administrações locais e regionais, até 2014.

“O Governo procurará, de facto, reforçar a redução dos trabalhadores da administração pública. Significa isto ir além do já previsto, que era uma redução anual de um por cento na administração local e dois por cento nas administrações local e regional até 2014”, disse o ministério numa curta declaração.

O Diário Económico de hoje noticia (sem referir qualquer fonte) que a “meta de redução de pessoal no Estado duplica para 10 mil/ano”, apresentando cálculos sobre os trabalhadores da administração central.

Se o Governo assumir esta meta, que aquele jornal diz integrar o Documento de Estratégia Orçamental que o ministro das Finanças apresenta hoje à tarde, isso significa que, em vez dos cerca de cinco mil trabalhadores líquidos (saldo entre saídas e entradas) que o Estado teria de perder todos os anos até 2014, passaria a perder cerca dez mil por ano no mesmo período.

O mesmo jornal avança ainda que o Governo pretende também reduzir em 45 por cento o número de chefias municipais (o que as Finanças também não confirmaram nem desmentiram), isto depois de se saber já que o ministro da Segurança Social quer reduzir em 25 por cento nas chefias directas sob sua tutela.

Notícia actualizada às