Christine Lagarde tenta convencer Índia a apoiar a sua candidatura ao FMI

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Christine Lagarde esteve no Brasil em finais de Maio. Ueslei Marcelino/Reuters

Depois de, no Brasil, se ter comprometido a dar mais peso aos países emergentes no seio do FMI, Lagarde continua a sua operação de charme junto dos BRICS. Hoje estará na Índia a promover a sua candidatura ao lugar deixado vago pelo também francês Dominique Strauss-Kahn, acusado da alegada prática de crimes sexuais.

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Depois de, no Brasil, se ter comprometido a dar mais peso aos países emergentes no seio do FMI, Lagarde continua a sua operação de charme junto dos BRICS. Hoje estará na Índia a promover a sua candidatura ao lugar deixado vago pelo também francês Dominique Strauss-Kahn, acusado da alegada prática de crimes sexuais.

Este grupo, assim como outros países em desenvolvimento, reclama uma reforma no seio do FMI e criticam o acordo tácita, estabelecido depois da Segunda Guerra Mundial, de acordo com a qual a presidência do FMI deve ser entregue a um europeu, enquanto o Banco Mundial é gerido por um americano.

Apesar de contestarem esta regra, os BRICS – Brasil, Rússia ,Índia, China e África do Sul – não conseguiram chegar a acordo quanto à designação de um candidato comum.

Mas, por outro lado, também não é claro que Christine Lagarde deixe a Índia com um apoio expresso e garantido.

“Ela vai ser recebida calorosamente, mais não tenho a certeza de que possa receber, de forma aberta, o apoio indiano”, disse à AFP Brahma Chellaney, membro do grupo de reflexão independente do Centre for Policy Research, em Nova Deli.

“A Índia vai querer ver se o candidato mexicano [o director do Banco Central do México, Agustin Casterns] é um concorrente credível e não quer tomar ainda uma posição”, acrescentou o especialista.