Fernando Nobre defende que na Educação não basta "paixão"

“Não vale a pena falarmos de paixão, eu sou um cirurgião, um homem de factos e quanto a factos não há argumentos. O que precisamos é de instaurar de novo no nosso país não a política do quero, posso e mando, mas sim uma política de diálogo”, afirmou Fernando Nobre, num almoço de pré-campanha com professores em Vila Franca de Xira.

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“Não vale a pena falarmos de paixão, eu sou um cirurgião, um homem de factos e quanto a factos não há argumentos. O que precisamos é de instaurar de novo no nosso país não a política do quero, posso e mando, mas sim uma política de diálogo”, afirmou Fernando Nobre, num almoço de pré-campanha com professores em Vila Franca de Xira.

Sustentando que “não há reforma possível do ensino contra os professores”, Fernando Nobre considerou que só “nesse espírito de diálogo, de escuta e depois de decisão” se poderá avançar no sistema educativo do país.

Numa curta intervenção antes do almoço, onde também está presente o líder do PSD, o cabeça de lista pelo círculo de Lisboa reforçou ainda uma das “ideias mestras” defendidas pelos sociais-democratas: “acesso a educação a todos”.

“Está fora de questão que alguém não tenha acesso, nomeadamente ao ensino superior porque não tem maior económicos para o fazer”, disse, sublinhando, contudo que tal só será possível com “uma conjugação de possibilidades de acesso entre o ensino público, o ensino privado e o ensino associativo”.

“Temos de poder integrar essas redes todas para que possamos garantir com a melhor das hipóteses de sucesso o ensino aos nossos filhos”, insistiu, adiantando que ele próprio tem dois filhos a estudar no ensino público, enquanto a filha mais nova está no ensino privado.

“Assim tem de ser porque às vezes há características específicas das nossas crianças que exigem que tenhamos a sensibilidade para os colocar lá onde tenham a melhor cultura e o melhor ensino”, disse, rejeitando igualmente a imposição de “mega-agrupamentos”.