Portugal, Grécia e Irlanda com taxas de juro da dívida nos máximos

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Mais um dia difícil para Teixeira dos Santos nos mercados

Um dia antes de uma emissão de obrigações de tesouro portuguesas e um dia depois de a Moody's ter decidido baixar o rating da Grécia, acentuou-se o clima de instabilidade nos mercados. De acordo com os dados publicados pela Reuters, a taxa de juro das OT a 10 anos portuguesas estava, durante a tarde de hoje, muito próxima dos 7,7 por cento, o que constitui um valor máximo desde a criação do euro.

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Um dia antes de uma emissão de obrigações de tesouro portuguesas e um dia depois de a Moody's ter decidido baixar o rating da Grécia, acentuou-se o clima de instabilidade nos mercados. De acordo com os dados publicados pela Reuters, a taxa de juro das OT a 10 anos portuguesas estava, durante a tarde de hoje, muito próxima dos 7,7 por cento, o que constitui um valor máximo desde a criação do euro.

Na Grécia, que já recorreu à ajuda do FMI e dos seus parceiros europeus para obter financiamento, o mesmo indicador chegou hoje aos 12,93 por cento, um valor que já supera os registados no momento em que se viu forçada a pedir apoio externo. Na Irlanda, também se bateram recordes, com a taxa a 10 anos a chegar aos 9,574 por cento.

Este cenário de desconfiança relativamente à capacidade destes três países fazerem face aos compromissos assumidos perante os seus credores acontece na mesma semana em que se realiza uma cimeira extraordinária de líderes da zona euro, destinada precisamente a encontrar uma solução para os problemas de financiamento que têm vindo a ser sentidos. Os mercados, aparentemente, não estão certos da capacidade da UE de colocar um ponto final na crise.