PJ apreendeu 65 quilos de khat no aeroporto de Lisboa

O início da investigação teve lugar quando funcionários da Direcção Geral das Alfândegas e Impostos detectaram, no aeroporto de Lisboa, seis caixas que iam para diferentes destinos nos EUA remetidas por uma empresa de carga expresso. Contactada a UNCTE veio então a apurar-se, dois dias mais tarde, que o carregamento pertencia a um casal, um dos membros é português, que pretendiam enviar para o mesmo país mais sete caixas.

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O início da investigação teve lugar quando funcionários da Direcção Geral das Alfândegas e Impostos detectaram, no aeroporto de Lisboa, seis caixas que iam para diferentes destinos nos EUA remetidas por uma empresa de carga expresso. Contactada a UNCTE veio então a apurar-se, dois dias mais tarde, que o carregamento pertencia a um casal, um dos membros é português, que pretendiam enviar para o mesmo país mais sete caixas.

Os contactos seguintes foram feitos com a Drug Enforcement Agency (DEA) nos EUA, que acabou por deter vários suspeitos e apreender alguma da droga em Chicago e Minneapolis. Algumas das caixas apreendidas em Lisboa tinham como destino Nova Iorque, Washington e Phoenix.

Um responsável da UNCTE contactado pelo PÚBLICO disse que esta foi a quarta vez que o khat foi apreendido em Portugal (registaram-se apreensões em Setembro do ano passado e em 2008 e 2007).

A planta em causa cresce na zona do Corno de África, nomeadamente na Etiópia e na Somália (os 65 quilos agora confiscados eram provenientes deste país) e possui uma substância activa denominada catinona.

Segundo a PJ esta droga, considerada estimulante, não tem mercado em Portugal, pelo que não é possível atribuir-lhe qualquer valor. Mas, na Holanda e, sobretudo, nos EUA é dos estupefacientes mais procurados. O khat, que em África é mascado, pode ser fumado ou bebido como chá nos mercados ocidentais.

O tráfico desta droga faz-se quase sempre por via aérea, uma vez que a substância activa da mesma resiste apenas cerca de três semanas. Proveniente de África, desembarca em Inglaterra, onde a sua comercialização não está proibida. Deste país é remetida para Portugal e daqui para os EUA.

Os dois detidos neste caso, de 28 e 33 anos de idade e ambos com residência em Londres, vão aguardar julgamento em prisão preventiva. Arriscam uma condenação que oscila entre os quatro e os 12 anos de prisão.