O objectivo é "credibilizar" o sector empresarial do Estado. Por isso, o BE apresenta amanhã, no Parlamento, dois projectos de lei que pretendem limitar a remuneração dos gestores públicos à atribuída ao Presidente da República. No caso dos dirigentes de institutos públicos, os bloquistas defendem que os salários dos membros do conselho directivo das empresas não devem exceder a remuneração dos secretários de Estado.

Antecipando o debate parlamentar de amanhã sobre as empresas estatais, no qual "a direita irá fazer do sector empresarial do Estado o bode expiatório da crise", a bancada bloquista apresentou ontem as duas propostas de limitação de salários, num momento em que existem "situações aberrantes".

O líder parlamentar, José Manuel Pureza, explicou que os dois projectos de lei visam contrariar a "injustiça social", o "desprestígio" e a "incoerência no sistema remuneratório". O BE propõe ainda a publicitação das remunerações, para "permitir maior transparência e sindicabilidade".