Propostas para a Via Nun"Álvares prevêem prédios até 14 pisos

Estão escolhidas as cinco propostas que deverão, agora, ser desenvolvidas em soluções mais concretas para a futura Via Nun"Álvares. Uma delas deverá ver a construção desta nova zona da cidade adjudicada ainda em 2011. A terceira classificada prevê a construção de edifícios isolados, ao longo da artérias, de "11, 12 e 14 pisos".

Foram recebidos 12 projectos para a Via Nun"Álvares, mas apenas cinco foram seleccionadas para receber o prémio individual de 25 mil euros, cuja atribuição deverá ser ratificada na reunião de câmara de terça-feira, a par com a classificação decidida pelo júri do concurso público, e que colocou em primeiro lugar o projecto de Paulo Silvestre Arquitecto - Sociedade Unipessoal, Lda. Os restantes seleccionados, por ordem de classificação, foram António Paulo Costa Santos Madureira Marques; João Álvaro Rocha Arquitectos, SA; Carlos Prata/João Pedro Serôdio/Nuno Brandão Costa; GOP - Gabinete de Organização e Projectos, Lda/ Rui Barros Silva Arquitecto.

O relatório do júri, a que o PÚBLICO teve acesso, revela que apenas as propostas classificadas em primeiro, terceiro e quarto lugares obtiveram a unanimidade do júri, tendo as restantes duas (em segundo e quinto lugares) sido escolhidas por maioria. O arquitecto Pedro Aroso, que integrou o júri, solicitou que ficasse explícito o seu "total desacordo" pela selecção da proposta classificada em quinto lugar e que o próprio relatório admite ser "mais débil" do que os restantes projectos preliminares aceites.

A proposta que ficou em 1.º lugar é des- crita como "muito cuidada" e com "um elevado potencial de desenvolvimento". O traçado viário é considerado "claro" e "bem articulado" com a rede viária já existente, e a solução para o espaço público prevê a criação de uma praça na qual ficará inserida a estação de metro. Há espaços verdes e a construção prevista é maioritariamente de edifícios com três ou quatro pisos, podendo chegar aos sete pisos nos extremos da avenida. Contudo, o facto de estas construções se organizarem em "quarteirões fechados ou semifechados" levou alguns proprietários a formular algumas reservas.

Um dos concorrentes preteridos - a Risco, SA, classificada em sexto lugar - reclamou da decisão, "tempestivamente", de acordo com o júri, e já obteve resposta.

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