Nos últimos anos, a Google foi digitalizando livros franceses disponíveis em bibliotecas americanas sem autorização dos autores nem das editoras, o que levou a um braço de ferro nos tribunais ente as editoras francesas e a gigante americana.

Nos últimos anos, a Google foi digitalizando livros franceses disponíveis em bibliotecas americanas sem autorização dos autores nem das editoras, o que levou a um braço de ferro nos tribunais ente as editoras francesas e a gigante americana.

Embora muitos dos processos judiciais se mantenham, Arnaud Nourry, presidente da Hachette Livre, disse ao jornal francês Le Fígaro que o passado ficou para trás. “Decidimos ir para a frente com a ideia para finalmente encontrar um acordo legal para digitalização dos livros pela Google”, disse Nourry.

Para o director da Google Books, Dan Clancy, o negócio com a editora líder no mercado francês e uma das mais importantes do mundo é uma oportunidade de despertar a atenção de outras editoras para o negócio. “Serve de exemplo para as editoras francesas e mesmo para as outras editoras espalhadas pelo mundo”, disse na conferência de imprensa.

Os valores do negócio não foram adiantados, mas poderá ter maior relevância simbólica do que económica, uma vez que se centrará em cerca de 70 por cento em livros esgotados, cuja venda é tida como de nicho, em grande medida dirigida a estudiosos, especialistas e universitários.

O acordo envolve entre 40 a 50 mil livros, da literatura geral (Grasset, Fayard, Calmann, Lévy), passando por obras universitárias (Armand Colin, Dunod) até enciclopédias e livros de consulta (Larousse). Muitas das obras digitalizadas, por serem antigas, já se encontram esgotadas, estando a partir de agora disponíveis para venda na plataforma da Google. A Hachette fica assim responsável por escolher as obras que são digitalizadas e decidir os preços para venda.

Por fim, o acordo prevê ainda que as obras digitalizadas pela Google sejam disponibilizadas gratuitamente à Biblioteca Nacional Francesa.