Obras para a alta velocidade começam em Lisboa este ano

A Refer consignou ontem a primeira empreitada de um conjunto de obras que visam compatibilizar a rede convencional com o projecto da alta velocidade. Trata-se da inserção das linhas férreas entre o Areeiro, Sacavém e a Estação do Oriente nos acessos à futura terceira travessia do Tejo e na construção das oficinas de manutenção para os comboios de alta velocidade.

O contrato, de 19 milhões de euros, foi adjudicado à Obrecol - Obras e Construções SA e tem um prazo de execução de 365 dias. As obras começarão ainda este ano, o que significa que é por Lisboa, e pela construção destes acessos às futuras linhas de alta velocidade Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto, que terá início o projecto de alta velocidade em Portugal. O troço Poceirão-Caia, a cargo do consócio Elos, que foi adjudicada em Maio passado, só terá início em 2011.

Em Lisboa, os trabalhos a realizar não terão um grande impacto na circulação ferroviária porque trata-se sobretudo de obra colateral à linha férrea. A Rua Gonçalo Mendes da Maia, a Calçada da Picheleira e a Azinhaga da Salgada serão cortadas, sendo construídos acessos alternativos.

Serão ampliadas a passagem superior da Avenida Marechal Gomes da Costa sobre a linha do Norte e a passagem inferior da Avenida de Pádua, sob a linha do Norte.

As obras incluem ainda a demolição parcial do muro junto à via férrea entre o Oriente e Braço da Prata, onde serão feitos trabalhos de terraplenagem para ali se instalarem linhas de resguardo para os comboios de alta velocidade e se erguer o edifício com as oficinas de manutenção.

Junto ao apeadeiro de Marvila será desviado e reforçado o aqueduto do Alviela, numa extensão de cerca de 500 metros. Esta empreitada prepara ainda o terreno para se poder iniciar a quadruplicação da linha da Cintura entre o Areeiro e Braço de Prata, que é neste momento o troço mais congestionado da rede portuguesa.

No total serão gastos, para já, 24 milhões de euros, dos quais cinco milhões serão financiados por fundos comunitários que, se não fossem agora adjudicados, se perderiam.

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