O dicionário inglês

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Uma das notícias mais deprimentes desta semana, para não dizer deste século, é a Oxford University Press ter anunciado que pode não imprimir a 3.ª edição do Oxford English Dictionary (OED).

Ainda se pode comprar a 2.ª edição do OED, de 1989, na Amazon.co.uk, por 900 euros, incluindo o correio. O melhor dicionário do mundo é uma pechincha: são 22 mil páginas em 20 grandes volumes, bonitos e bem encadernados. O OED custa 810 euros e a Amazon cobra 90 euros pelos portes. Considerando que o dicionário pesa quase 40 quilos, é uma repechincha. Se gosta (como eu) de usar lupa, compre antes a versão compacta (mas integral) por cerca de 230 euros. Não caia na asneira, como eu, de mandar vir o OED dos EUA, onde, às vezes, é mais barato. Da Barnes & Noble chegaram só 4 volumes. Protestei e apareceram mais 4. Voltei a protestar - mas nada. Desisti. Foram meses de angústia.

Também não aconselho (porque me arrependi) a compra dos 3 volumes da série OED Additions - 120 euros - porque não dão jeito. É muito mais rápido e útil actualizar o OED no OED Online, que custa 10 euros por semana. Para poupar dinheiro, acumule as pesquisas durante o mês e use intensivamente a semana que pagar. Não se pode é prescindir duma edição impressa. Descobre-se lá muito mais. É a base, que está sempre lá - é a casa onde se vive.

Aposto que a OUP vai reconsiderar. Seria uma traição publicar uma 3.ª edição do OED que não se pudesse segurar e folhear.

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