Torne-se perito

Ministério da Saúde vendeu quatro hospitais ao Estado por 111,5 milhões

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O edifício do Hospital São José foi um dos transaccionados ana ramalho

O Ministério da Saúde (MS) vendeu a uma empresa do Estado, em 2009, quatro hospitais por 111,5 milhões de euros, dos quais 74,8 milhões foram aplicados como aumento de capital de 18 hospitais empresas públicas empresariais (EPE).

Foram vendidos os edifícios dos hospitais de Santa Marta, São José e Capuchos que, juntamente com o pediátrico Dona Estefânia, compõem o Centro Hospital de Lisboa Central, e serão transferidos, em 2013, para o novo Hospital de Todos os Santos, em Chelas. Em 2009, foi igualmente vendido o Hospital Miguel Bombarda. Estes prédios foram vendidos à sociedade Estamo, detida pela Parpública (empresa que gere as participações do Estado).

O Estado vendeu ainda à mesma empresa as sedes da Direcção-Geral da Saúde e da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, por cerca de seis milhões de euros, faltando apenas realizar a escritura. As receitas da venda destes imóveis revertem para a Segurança Social, que era a dona dos edifícios.

Embora concorde com o aumento do capital estatutário dos hospitais EPE, o presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Pedro Lopes, reagiu com "alguma preocupação" à forma como o Ministério da Saúde está a "perder o seu património".

À margem do sector Saúde, a lista de compras da "imobiliária" do Estado integra ainda dois prédios do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, na Rua Castilho, em Lisboa, por 20,9 milhões de euros, o prédio da Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, a Quinta das Águas Livres, em Belas - afecto à PSP - e os edifícios onde estavam o DIAP e o Departamento de Relações Internacionais e Convenções da Segurança Social. Da lista constam igualmente o edifício onde funciona o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (8,7 milhões) e o edifício da Direcção-Geral de Energia e Geologia (7,2 milhões), além do prédio onde funcionava o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.PÚBLICO/Lusa

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