Domingos Piedade já conquistou o circuito francês

Equipa liderada pelo presidente do Autódromo do Estoril bisou em Le Mans

Não é inteiramente correcto afirmar que nunca nenhum português venceu as 24 Horas de Le Mans. Domingos Piedade subiu ao mais alto patamar do pódio por dois anos consecutivos, em 1984 e 1985, mas como chefe de equipa da Mercedes. Com mais de dezena e meia de corridas no currículo, o presidente do Autódromo do Estoril é um veterano do circuito das lendas.

"O que faz a mística de Le Mans? É o aproximar da corrida; é a segunda-feira das verificações técnicas na Grand Place; é aquela festa e banho de multidão à volta, misturada com mecânicos, pilotos e carros; são os ingleses que atravessam o Canal da Mancha em grandes grupos, mesmo sabendo que a Aston Martin nunca irá ganhar e que a Jaguar raramente ganha; é o desfile, com os confetti e o adeus à população; é o nervosismo de ter de dividir o carro com outros dois pilotos; é a incerteza do tempo; é a grande recta [que já teve nove quilómetros, mas foi, entretanto, reduzida com algumas chicanes]."

Tudo isto "cheira" a Le Mans para o engenheiro português, que viveu durante 35 anos na Alemanha, onde completou os estudos universitários e se profissionalizou na indústria automóvel. "A primeira vez que fui a Le Mans foi no ano em que ganhou o Masten Gregory [1965] e eu ainda era estudante", lembrou.

Entre os pilotos da actualidade que participam na prova, Domingos Piedade destaca Pedro Lamy, que eleva à categoria de melhor piloto português e o "mais reconhecido" internacionalmente. P.C.

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