Aduf de Salgueiro e Peixoto estreia-se com Maria Berasarte

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José Salgueiro e José Peixoto no estúdio onde foi gravado o disco miguel madeira

Doze anos depois da sua criação, na Expo-98, e dois anos depois do regresso aos palcos, no Centro Cultural das Caldas da Rainha, os adufes gigantes de José Salgueiro renascem em Lisboa. De novo ao lado do guitarrista José Peixoto, e agora com a cantora espanhola Maria Berasarte como vocalista, o grupo gravou o primeiro disco, que é lançado hoje na sala principal do Teatro Municipal de S. Luiz.

"Amadurecemos bastante desde essa altura", diz Salgueiro. "E o estúdio é um laboratório fantástico para isso." Como o estúdio é dele, não houve pressa. "Fomos fazendo e houve uma maturação do material, as coisas ficaram mais pormenorizadas. Nos ensaios, limámos todos os pormenores."

Hoje, vão voltar a ouvir-se, com arranjos mais trabalhados, canções como À espera da Lua, O tudo e o nada, Azinhaga, Por baixo de um salgueiro, A quantas ando, Pelo toque do Aduf ou Quinta das Torrinhas, todas elas incluídas no disco, titulado apenas Aduf.

Para palco, no entanto, as que deram mais trabalho a rearranjar foram Vai-te papão ("Um exercício sobre um tema tradicional, a que eu dei ritmicamente uma volta") e Traigo besos en la piel ("Que nós fizemos só para o disco e que nunca tínhamos experimentado em palco"). Este tema teve outra intenção: "Queríamos ter uma música para a Maria cantar na língua materna, achámos que era interessante." No resto, Maria canta num português perfeito.

Em palco, hoje, além de José Salgueiro (percussão, composição, concepção, arranjos), José Peixoto (guitarra, composição, arranjos) e Maria Berasarte (voz), estarão Sebastian Scheriff, Ivo Costa, João Correia, João Contente (percussões), David Leão (sopros) e Alexandre Diniz (teclados).

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