Transdev admite fechar empresa de manutenção do metro a 31 de Março

Trabalhadores da S2M vão poder trabalhar, a partir de 1 de Abril, para a Barraqueiro, o novo operador do metro

Cerca de três dezenas de trabalhadores da S2M, uma empresa criada pela Transdev e pela Efacec em 2004 para manutenção das instalações fixas do metro do Porto, deverão ser despedidos, por encerramento da firma, a 31 de Março. Admitindo que o tribunal possa não dar provimento à providência cautelar com que tentou, para já sem sucesso, impedir a passagem da exploração da rede de metro para um consórcio liderado pela Barraqueiro, a Transdev encontrou nesta solução uma forma de permitir que, a 1 de Abril, parte ou mesmo a totalidade dos trabalhadores da S2M possa ser admitida pelo novo operador, cujo contrato começa nesse mesmo dia.

Desta forma, e assumindo o pagamento devido por não ter avisado os seus funcionários com a antecedência exigida por lei, a Transdev garante-lhes os direitos legais e evitou uma greve que esteve marcada para os dois primeiros dias desta semana. A solução negociada no final da semana passada com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores Ferroviários não acabou com o clima de "incerteza" que paira sobre aqueles funcionários, mas acaba por acautelar-lhes o pagamento de todos os direitos decorrentes desta situação, nomeadamente a compensação por caducidade de contrato de trabalho, férias e subsídio de férias, bem como verbas proporcionais de subsídio de Natal, entre outros. Abrindo-lhes a possibilidade de aceitarem trabalhar para o novo operador da rede, logo no dia seguinte, se for o caso.

Das negociações entre a S2M e o sindicato ficou também estabelecido que a Transdev admite reabsorver os trabalhadores caso o tribunal venha a deferir depois de 1 de Abril a providência cautelar que o consórcio que lidera interpôs após a derrota no concurso para um novo contrato de operação e manutenção do metro do Porto. A juíza do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto tem em mãos a resposta da Transdev aos contra-argumentos que a Metro do Porto apresentou para mostrar a improcedência da acção cautelar. Como o PÚBLICO já noticiara, a Metro entregou ao tribunal uma resolução fundamentada que lhe permitiu assinar o contrato com a Barraqueiro, mesmo sem decisão da justiça. Neste momento decorre a fase de transição entre os dois operadores.

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