Governo Civil estuda reforço do policiamento e instalação de Loja do Cidadão na Baixa

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A Praça de Lisboa já foi sugerida para a instalação da Loja do Cidadão NÉLSON GARRIDO

Compromisso de Isabel Santos surge na sequência de uma reunião de trabalho com a Associação de Comerciantes do Porto

A governadora civil do Porto, Isabel Santos, anunciou ontem, depois de uma reunião com a Associação de Comerciantes do Porto (ACP), que vai estudar formas de reforçar o policiamento nas zonas comerciais da cidade. Em conferência de imprensa, depois da reunião pedida pela ACP, Isabel Santos garantiu também que irá ponderar a instalação de uma Loja do Cidadão na Baixa.

A questão da segurança e a necessidade de criar uma segunda Loja do Cidadão no Porto foram dois dos pontos levados pela ACP para a reunião com a governadora civil. Aos jornalistas, Nuno Camilo destacou a necessidade de dinamizar o tecido comercial da cidade, que tem sido particularmente afectado pelo "sentimento de insegurança" e pelo "flagelo do desemprego" que afecta toda a Região Norte, referiu o presidente da ACP.

No "compromisso" assumido entre o Governo Civil e a Associação de Comerciantes, e que poderá contar com o apoio da Câmara Municipal do Porto, o "policiamento de proximidade" apresenta-se como uma das soluções para impulsionar o comércio, mencionou Isabel Santos. Apesar de o Porto ser uma "cidade segura", a governadora civil lamenta o "sentimento de insegurança, que não tem correspondência real" e que afecta o fluxo de pessoas e, consequentemente, a actividade comercial portuense. Este reforço na segurança pode ser alargado para além do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, desde que haja "gestão dos meios humanos" e "capacidade de resposta aos desafios" a colocar ao Comando Metropolitano.

Nuno Camilo insistiu também nas vantagens de instalar uma segunda Loja do Cidadão na Baixa da cidade. Ao PÚBLICO, o presidente da ACP explicou que "este é o tipo de equipamento que atrai um maior fluxo de pessoas, e mais um motivo para elas virem à Baixa". Isabel Santos concordou que esta poderá ser "uma forma de estímulo e animação do próprio comércio", uma vez que "cria sinergias" e leva "mais gente" ao centro da cidade. Nenhuma das partes quis, para já, adiantar se tinha preferência por alguma localização ou sequer se a proposta, apresentada no passado sábado, pelo candidato à concelhia do PS, Manuel Pizarro, de instalar um equipamento deste tipo na Praça de Lisboa seria a solução ideal. "Não vemos qualquer objecção à Praça de Lisboa, mas existem outros pontos de interesse, que podem ser relevantes para o comércio", referiu apenas Nuno Camilo. Isabel Santos explicou que estas e outras medidas vão ser "trabalho de estudo durante o próximo mês", remetendo mais informações para depois deste período.

A tentativa de atrair mais gente à Baixa levou a ACP a lançar, esta semana, uma acção dedicada ao Dia do Pai, assente, como de costume, na animação de rua.

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