"Caso Banif" juntou responsáveis de investigação de Portugal e de Angola

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Processo está na fase de inquérito Catarina Oliveira Alves

O "caso Banif" esteve na origem de duas reuniões - realizadas ontem em Lisboa - que juntaram os representantes máximos dos Ministérios Públicos de Portugal e de Angola e a directora do DCIAP e o responsável pelo inquérito, Orlando Figueira.

Na origem destes encontros está a alegação do Estado angolano da titularidade de 49 por cento do capital do Banif.

Em causa está o alegado desaparecimento de 150 milhões de dólares (104 milhões de euros), transferidos para Portugal para comprar até 49 por cento do Banif.

Angola acusa o advogado Francisco Cruz Martins e os empresários Eduardo Capelo Morais e António Figueiredo de terem ficado com o dinheiro que lhes entregou para comprarem as acções do Banif, controlado por Horácio Roque.

No passado dia 14, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, o PGR angolano sublinhou que a indemnização exigida pelo Estado angolano deverá incluir os dividendos daquela aplicação financeira.

A queixa-crime apresentada por Angola encontra-se actualmente na fase de inquérito, tendo já sido ouvidos, na qualidade de testemunhas arroladas pelo Estado angolano, nove notáveis daquele país.

Assim, na passada semana foram ouvidos Joaquim David, ministro da Indústria e antigo responsável da Sonangol, Carlos Silva, presidente do Banco Privado Atlântico, e José Leitão, antigo chefe da Casa Civil do Presidente José Eduardo dos Santos.Lusa

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