Câmaras e CP retomam comboios de Coruche

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PAULO RICCA / PUBLICO

a A CP vai relançar, na primeira quinzena de Setembro, a circulação de comboios de passageiros no troço do Ramal Vendas Novas-Setil compreendido entre Coruche e o final desta linha, no concelho do Cartaxo. O protocolo que define as condições de reactivação do serviço, reclamada por autarcas e utentes desde que foi suspenso em 2005, vai ser hoje assinado em Coruche.O acordo estabelecido entre as câmaras de Coruche, Cartaxo e Salvaterra de Magos, a Refer e a CP é fruto de mais de quatro anos de negociações e prevê que as autarquias contribuam também para o equilíbrio financeiro da exploração da linha. Contempla a realização de 10 circulações diárias entre Coruche e o Setil (os passageiros terão que mudar nesta estação para comboios que os levem para ou-
tros destinos como Lisboa, Vila Fran-
ca de Xira ou Santarém), com paragens intermédias em Marinhais e Muge. Segundo a CP, uma viagem entre Coruche e a Gare do Oriente demorará, assim, em média, 1h15, com um preço de bilhete de 2,7 euros. Um passe mensal para o mesmo percurso custará 119 euros.
O protocolo prevê ainda que a Refer recupere as estações de Coruche, Marinhais e Muge e as autarquias vão abrir concursos para a exploração de áreas de restauração e cafetaria nesses espaços.
Dionísio Mendes, presidente da Câmara de Coruche, diz acreditar que esta iniciativa vai "atrair mais população para Coruche" e gerar mais uma opção de deslocação para os muitos habitantes do concelho (o maior do Ribatejo) que trabalham na Grande Lisboa. A autarquia acha que não fazia sentido ter um ramal ferroviário "totalmente modernizado" e "abandonado exclusivamente à circulação de comboios de mercadorias". A negociação com a CP não foi fácil e a operadora preferiu durante estes anos suportar a circulação de um miniautocarro que transportava utentes desde Vendas Novas até ao apeadeiro do Reguengo. O acordo só foi possível depois de muita insistência das três câmaras envolvidas e de estas terem assumido uma parte dos custos.
Abaixo-assinado a favor do comboio teve 2209 assinaturas e dizia que miniautocarro da CP não era alternativa

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