No PortoCartoon a crise até dá vontade de rir

a Com as Crises como tema central, o 11.º festival PortoCartoon World Festival começou ontem com a exposição de cerca de 400 trabalhos, que podem ser vistos no Museu Nacional da Imprensa, no Porto, até ao final do ano. Mas há mais cartoons para ver noutros pontos da cidade, num festival que reúne um total de mil obras.Desenhar a crise foi o desafio proposto pela organização, que recebeu mais de 2000 respostas. O romeno Mihai Ignat foi o grande vencedor, com um desenho que representa a transversalidade da actual situação económica mundial. O cartoon vencedor foi reproduzido por Acácio de Carvalho numa escultura em ferro que será inaugurada segunda-feira, junto ao Castelo do Queijo. Em segundo lugar ficou o grande vencedor do ano passado, Augusto Cid. O terceiro lugar foi para o polaco Zygmunt Zaradkiewicz, com Crisis Dinner.
Na estação de metro do Bolhão será exposto a partir de hoje, e até final de Julho, A Corte no Brasil sem cortes, um painel do cartoonista brasileiro Paulo Caruso. Neste fim-de-semana decorre a tradicional Festa da Caricatura, com alguns dos premiados, na Praça da Liberdade, entre as 15h e as 19h.
Em concurso estiveram este ano 500 cartoonistas, provenientes de 70 países, com o Brasil a voltar a ser o país mais representado, seguido do Irão. "O único bem da crise acaba por ser o humor", diz Luís Humberto Marcos, director do Museu Nacional da Imprensa, garantindo ainda que, pela quantidade e qualidade dos trabalhos, "não há crise no humor".

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