Padrão da Légua vai ter, finalmente, uma nova praça

A A Câmara de Matosinhos quer criar um espaço físico central - uma praça -, com o objectivo de dignificar o urbanismo do Padrão da Légua. Uma zona que, por estar na encruzilhada entre quatros freguesias, tem sido algo descurada. As primeiras demolições no interior do quarteirão onde vai nascer a futura praça começaram na passada sexta-feira. "A ideia é fazer uma praça que desafogue o centro mais densamente construído de Matosinhos", resumiu o presidente da câmara, Guilherme Pinto. "As pessoas do Padrão da Légua precisam de um centro para usufruir", acrescentou.Esta área estende-se a quatro freguesias - Custóias, Leça do Balio, São Mamede de Infesta e Senhora da Hora -, e chegou até a existir um movimento que pretendia elevar o Padrão da Légua a freguesia. Para Guilherme Pinto, a construção desta nova praça com cerca de quatro mil metros quadrados é uma prova de que "a Câmara de Matosinhos aposta no Padrão da Légua". Nas suas contas, a obra custará cerca de 1,5 milhões de euros (incluindo 250 mil euros da aquisição dos imóveis que lá existem). Será construída de uma forma faseada e estará totalmente pronta "dentro de dois anos". O autarca adiantou que já só falta adquirir o imóvel onde funciona uma farmácia. Por outro lado, as duas famílias que ainda habitam o quarteirão serão transferidas.
O projecto de requalificação do Padrão da Légua, da autoria do arquitecto José Maria Quinta, contempla um parque infantil, um espelho de água, uma cortina arbórea que vai circundar a parte poente e norte da nova praça e estacionamento para 50 viaturas, com lugares diferenciados para cidadãos com mobilidade reduzida. Haverá também um café com sanitários públicos e acesso às novas tecnologias. Neste estabelecimento irá funcionar ainda a tabacaria que hoje existe no quarteirão.
Para que a futura praça ganhe mai-
or volume, a Câmara de Matosinhos irá fechar o troço da Rua de São Gens que passa pelo quarteirão e abrindo uma rua paralela à de São Gens no extremo mais largo da futura praça.
"Até que enfim, ao fim de tantos anos!", regozijou-se Irene Silva, habitante do Padrão da Légua há 48 anos, ao ouvir as explicações prestadas pela câmara sobre o novo projecto. Já Constantino Ribeiro, que nasceu há 68 anos numa casa da Rua da Fonte Velha que irá abaixo, evita a saudade: "É um benefício para a terra".

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