Feira do Livro ainda com alguns pavilhões antigos

a Depois de a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) ter divulgado um novo formato de pavilhão para as próximas feiras do livro, existem ainda editoras que insistem em participar com os pavilhões antigos. A opção será permitida pela APEL, entidade organizadora da feira, que em Lisboa tem data de arranque marcada para 30 de Abril e encerramento a 17 de Maio. No Porto, a feira regressa à Avenida dos Aliados, entre 22 de Maio e 14 de Junho. Este ano, o Brasil será o país-tema.A possibilidade de cada editor apresentar pavilhões do formato que entendesse esteve no ano passado na origem de uma acesa polémica entre a APEL e a sua rival União de Editores Portugueses (UEP), com a primeira a defender os tradicionais stands e a segunda a pugnar pela liberdade de escolha. O grupo Leya acabou por ser o único a apresentar pavilhões diferenciados, mas a discussão fez a APEL optar este ano por novos stands, mais modernos e em madeira. Foi um protótipo desses stands que anteontem foi posto à apreciação de editores e livreiros, num debate que teve lugar na FIL, no Parque das Nações.
O facto de as novas barraquinhas terem sido concebidas sem área de exposição lateral, tendo apenas uma janela para a frente, foi, segundo o presidente da APEL, Rui Beja, alvo de algumas objecções, pelo que alguns pavilhões poderão vir a ser redesenhados de modo a terem essa opção. Mais polémica foi a abertura da feira ao meio-dia aos dias de semana, que teria como contrapartida o seu fecho pelas 21h, duas horas mais cedo do que é habitual. "As opiniões dividiram-se. não havendo certezas sobre para que lado pende a maioria dos editores e livreiros. Por isso, faremos uma consulta por e-mail sobre o assunto junto dos participantes da feira", contou Rui Beja.
E fará sentido permitir os pavilhões antigos depois de toda a polémica e da encomenda de 200 novos stands pela APEL? "Para nós não. Mas não queremos impor nada a ninguém", responde o presidente da associação. Os pavilhões antigos ficarão situados junto aos dos editores que prefiram levar à feira stands originais, isto é, diferentes dos que foram encomendados pela APEL. Quanto a estes últimos, estavam para ser de várias cores, mas afinal, "por uma questão de harmonia estética", diz Rui Beja, serão apenas de duas: ou acastanhados ou verdes. Também já não serão de contraplacado de abeto, como havia sido anunciado. Problemas com o fornecedor levaram os responsáveis pela encomenda a optar por contraplacado de fabrico nacional.

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