Leixões voltou a escorregar em casa e ficou mais longe do primeiro lugar da Liga

A equipa de Matosinhos jogou pouco na primeira parte, só marcou na segunda metade e acabou por consentir mais um empate em casa

A O Leixões somou a terceira jornada sem vencer, empatou em casa (1-1), e ainda não foi neste jogo que atingiu os 26 pontos que lhe garantiram a manutenção na última temporada. Frente ao Estrela da Amadora, um clube em grandes dificuldades económicas, a equipa de Matosinhos, que tinha possibilidade de subir à condição ao primeiro lugar, jogou de uma forma demasiado lenta e pouco ou nada fez em toda a primeira parte. Nesta fase, só um remate de longe de Braga chegou a assustar o guarda-redes adversário, que depois deteve a recarga de Diogo Valente. Muito pouco. A melhor oportunidade pertenceu mesmo aos forasteiros, depois de uma jogada de Celestino, provavelmente o melhor homem em campo, mas Ndiaye, isolado, desperdiçou na cara de Beto.A equipa da casa só acordou verdadeiramente na segunda parte. Surgiu mais pressionante e com outra capacidade para chegar à baliza de Nélson. A primeira situação de perigo surgiu quando estavam decorridos 50 minutos, mas o cabeceamento de Bruno China embateu no poste. O golo surgiu pouco depois: livre de Diogo Valente e Wesley surgiu a empurrar para o fundo da baliza. Seguiu-se um período de supremacia clara do Leixões. Mas durou pouco mais de dez minutos, ainda assim Wesley teve oportunidade para aumentar a vantagem. Mas falhou.
O Leixões começou a ceder e o Es-
trela aproveitou para explorar o con-
tra-ataque e, aos 79', Celestino, na conversão de uma grande penalidade por mão na bola de Bruno China, fez o empate. Depois, o Leixões ainda tentou chegar à vitória. Foi praticamente a única equipa a atacar, mas o melhor que conseguiu foi um remate por cima da barra.
"Não fomos tão fortes e não pressionámos o adversário como devíamos. Mudei o sistema de jogo e, com mais largura na frente, com Chumbinho pela direita, Braga no centro e Diogo Valente pela esquerda, tivemos mais agressividade. Criámos as melhores ocasiões de golo. Não estava a ver o Estrela com capacidade para marcar. O golo só podia surgir como surgiu: de grande penalidade. Não me parece ser penálti. Acho que é bola na mão. Não sei como o Bruno China podia evitar um lance daqueles. Se conto ter todos estes atletas quando regressar? Sim. Os jogadores gostam de estar cá", referiu no final José Mota. Já o técnico do Estrela dis-
se que, dada a actual situação do clube (vinha de quatro derrotas consecutivas), foi um resultado importante. "As perspectivas para 2009? São desenvolver o trabalho que temos feito até aqui, com a esperança que o presidente consiga resolver a situação financeira grave do clube", concluiu.
Leixões 1
E. Amadora 1
Jogo no Estádio do Mar, em Matosinhos. Assistência cerca de 4000 espectadores.
Leixões Beto (6), Vasco Fernandes 5, Nuno Silva 5, Élvis 5, Laranjeiro 5, Bruno China 6, Chumbinho 5 (Zé Manuel 5, aos 73'), Castanheira 5, Wesley 6, Braga 6 e Diogo Valente 7 (Marques 5, aos 82').
E. Amadora Nélson 6, Hugo Gomes 5, Vidigal 6, Nuno Coelho 5, Nélson Pedroso 5, Fernando Alexandre 5, Marcelo Goianira 5 (Jardel 5, aos 68'), Celestino 7, Varela 6, Anselmo 5 (Rui Varela 5, 68') e N'Diaye 5 (Pedro Pereira 5, aos 63').
Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco).Cartão amarelo para Élvis (56') e Nelson Pedroso (89').
Golos 1-0, aos 58', por Wesley, 58'; 1-1, aos 79', por Celestino, aos 79'.

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