África.cont Uma "extraordinária praça" para a arte africana vai nascer em Lisboa

a No meio da Av. 24 de Julho, em Lisboa, vai abrir-se uma "extraordinária praça pública" onde haverá uma "bela justaposição entre a História e o futuro", declarou ontem o arquitecto britânico de origem tanzaniana David Adjaye, numa mensagem gravada na qual apresentou, pela primeira vez, o seu projecto para o África.cont, o novo centro de cultura contemporânea africana que deverá nascer em 2012 na capital. Adjaye não pôde vir ao jantar que ontem reuniu no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, embaixadores de países africanos e europeus e vários responsáveis de instituições culturais, a convite do primeiro-ministro, José Sócrates. O anúncio oficial do África.cont - um projecto que nasceu há um ano depois da cimeira UE-África, a partir de uma ideia do ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, apadrinhada por Sócrates e entusiasticamente desenvolvida pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Costa - foi marcado por frases grandiosas. Sócrates disse que "é como se África estivesse um pouco debaixo da nossa pele e já não saísse" e lembrou que "fomos brandos quando fomos universais". António Costa lembrou que a capital mais próxima de Lisboa é Rabat e falou da sua cidade como "porta de cinco continentes". Só José António Fernandes Dias, o homem que concebeu o novo centro, citou algumas críticas que se ouviram desde que a notícia chegou aos jornais - falou de "preconceitos" e frisou "a necessidade de autonomia intelectual da programação".Alexandra Prado Coelho

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