Novo curso de Medicina tem relação directa com prática clínica, assegura Mariano Gago

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ministro diz que comissão nacional de avaliação considerou o curso extremamente inovador Nuno Ferreira Santos (arquivo)

"Este curso de medicina é o resultado de uma longa preparação com ajuda de especialistas em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa", contou o ministro. "É um curso que a comissão nacional de avaliação considerou como um curso extremamente inovador no nosso país essencialmente por duas razões: a primeira por ser um curso de quatro anos, ao contrário dos seis de medicina, mas aberto a alunos que já tenham um primeiro ciclo de três anos ou licenciatura noutra área relacionada com a saúde", referiu o ministro.

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"Este curso de medicina é o resultado de uma longa preparação com ajuda de especialistas em colaboração com a Universidade Nova de Lisboa", contou o ministro. "É um curso que a comissão nacional de avaliação considerou como um curso extremamente inovador no nosso país essencialmente por duas razões: a primeira por ser um curso de quatro anos, ao contrário dos seis de medicina, mas aberto a alunos que já tenham um primeiro ciclo de três anos ou licenciatura noutra área relacionada com a saúde", referiu o ministro.

No que diz respeito ao número de alunos para o primeiro ano, Mariano Gago estima que sejam 32. "Naturalmente no primeiro ano não haverá muitos alunos. O curso começa com 32 e esperamos que esse número seja duplicado nos anos seguintes para os 120, o que é aproximadamente o número de estudantes que entram todos os anos nas universidades do Minho e da Beira Interior em Medicina", salientou.

Mais vagas em 2012

O Governo quer que o novo curso de Medicina em três anos seja frequentado por 120 novos alunos por ano.

Mariano Gago explicou ainda que "houve um processo de proposta por parte das universidades, sendo depois submetido a uma avaliação por parte de uma comissão internacional do Ensino Superior de Medicina, da qual fazem parte responsáveis das disciplinas médicas e de faculdades de medicina europeias e dos Estados Unidos".

Segundo o responsável, essa comissão internacional recomendou ao Governo, com "determinadas condições, a aprovação deste novo curso de medicina no Algarve, porque se trata de um curso inovador em Portugal face ao processo de selecção, já que permite apenas a entrada de alunos que já são licenciados em alguma ciência da saúde". "Mais do que ser apoiado na sala de aula, este novo curso será apoiado no contacto directo com os profissionais de saúde", frisou o ministro do Ensino Superior. "Não se trata apenas de ter mais médicos, mas teremos também médicos com melhor formação em prática clínica e em ciências médicas", sustentou.

Mariano Gago disse ainda que "Portugal estará perante um novo modelo de articulação entre as universidades, os centros de saúde e os hospitais durante a própria formação dos médicos".

O novo curso de Medicina da Universidade do Algarve, que será hoje apresentado, será o primeiro a destinar-se exclusivamente a alunos "já licenciados numa das ciências relacionadas com a saúde". O governo aprovou em 2007 um regime especial de acesso aos cursos de Medicina para pessoas já licenciadas em áreas da saúde de forma a permitir a realização do curso em menos tempo. O curso durará quatro anos, "na sequência de um 1º ciclo de três anos de licenciaturas em ciências relacionadas com a saúde", referiu fonte governamental e resulta de uma parceria com a Universidade Nova de Lisboa.

Em Portugal existem actualmente cursos de medicina na Universidade dos Açores (ciclo básico), na Universidade da Beira Interior, Universidade de Coimbra, na Universidade de Lisboa, Universidade da Madeira (ciclo básico), na Universidade do Minho, na Universidade Nova de Lisboa, na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Porto e no Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar, também na Universidade do Porto.