Tomou posse o novo Governo de São Tomé e Príncipe

Três partidos coligaram-se para constituir um executivo que remete para a oposição o anterior primeiro-ministro

a Joaquim Rafael Branco, de 55 anos, tomou ontem posse como novo primeiro-ministro do seu país, à frente do XIII Governo Constitucional, terminando o hiato depois da queda do anterior executivo, há quatro semanas. Branco lidera o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), que até ao fim de 1989 era o único autorizado. Este executivo conta ainda com outros cinco ministros do MLSTP/PSD, quatro do Partido da Convergência Democrática (PCD) e outros tantos do Movimento Democrático Força de Mudança/Partido Liberal (MDFM/PL). Só deixa na oposição parlamentar o partido Acção Democrática Independente (ADI), do anterior primeiro-ministro, Patrice Trovoada, que caíra ao perder na Assembleia Nacional uma moção de censura.
Pela primeira vez nos 33 anos de independência do arquipélago, surge uma mulher na pasta da Defesa Nacional: a jurista Elsa Pinto, do MLSTP/PSD. Este partido também fica com as pastas dos Negócios Estrangeiros, entregue a Carlos Tiny, da Educação e Cultura, Jorge Bom Jesus, do Comércio, Indústria e Turismo, Celestino Andrade, e do Plano e Finanças, Ângela Viegas.
Ao PCD cabem os pelouros das Obras Públicas, Infra-estruturas, Transportes e Comunicações; Saúde; Comunicação Social, Juventude e Desportos; e Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas. E ao MDFM/PL os restantes: Trabalho, Solidariedade e Família; Administração Interna; Recursos Naturais, Energia e Ambiente; e Justiça, Reforma do Estado, Administração Pública e Assuntos Parlamentares.
O novo primeiro-ministro fez um apelo "à comunidade internacional e aos estrangeiros residentes" para que ajudem o povo de São Tomé e Príncipe a ultrapassar a sua crise económica.
Joaquim Rafael Branco já tinha sido ministro dos Negócios Estrangeiros, em 2000/2001, e das Obras Públicas, em 2003

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