Maternidade Júlio Dinis pode ficar no mesmo local durante a construção do novo edifício

A A anunciada mudança de alguns dos serviços da Maternidade Júlio Dinis, no Porto, para as instalações do Hospital Militar poderá não se concretizar. Segundo avançou ontem o director da unidade de saúde materno-infantil, Alberto Peixoto, a decisão de manter estes serviços no actual edifício durante a execução do projecto do Centro Hospitalar do Porto, nos próximos três anos, ainda está em avaliação e deverá ser tomada antes do final do ano. "Teremos de assegurar que existem bons acessos e que estão salvaguardadas outras questões como os eventuais danos ambientais que possam ser causados, por exemplo, por ruído das obras", explicou o responsável.Porém, a maternidade não parece estar disposta a ficar à espera. Ontem, e ainda que seja para funcionar apenas durante um ano, foi inaugurada um nova Unidade de Neonatologia, integrada no serviço de obstetrícia. As novas salas de paredes azuis vão albergar até quatro bebés, bem como os que precisem de internamentos de curta duração. "Pode parecer estranho esta intervenção a tão pouco tempo de termos novas instalações", notou Alberto Peixoto, considerando, no entanto, que o investimento será "rentabilizado". O "sinal verde" para o esforço financeiro também terá sido seguramente facilitado pelo facto de se tratar de um projecto suportado pela Chicco, que, tal como tem vindo a fazer todos os anos em várias unidades deste tipo, pagou integralmente as obras e o equipamento das várias salas da unidade.
A cerimónia de ontem contou ainda com a presença de Pedro Abrunhosa como "padrinho" da nova ala da maternidade. Apoiando a acção exemplificativa de uma "economia social", o cantor fez questão de se juntar publicamente à iniciativa, que "mostra como uma empresa privada pode contribuir para o engrandecimento de uma pública". "Estou demasiado debaixo dos holofotes, é preciso dar luz a quem está na sombra", afirmou.

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