Embalagens de Colgate terão sido falsificadas na África do Sul. Substância só é tóxica se ingerida em doses elevadas

a A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu ontem perto de quatro mil embalagens de pasta dentífrica por suspeitas de falsificação. Depois de, na sexta-feira, o Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento (Infarmed) ter ordenado a retirada do mercado de dentífricos com a designação Colgate fabricados na África do Sul, na manhã de sábado a ASAE partiu para o terreno.Segundo um comunicado divulgado ao final da tarde, às 18h30 de ontem 50 brigadas da ASAE tinham já confiscado perto de quatro mil embalagens de Colgate Maximum Cavity Protection em 43 pontos de venda de todo o país. A ASAE não esclarece em que tipo de estabelecimentos foram encontradas as pastas dentífricas que poderão conter dietilenglicol, uma substância ilegal e tóxica quando ingerida em doses elevadas. Numa ronda efectuada em Lisboa, a Lusa descobriu dentífrico fabricado na África do Sul à venda em várias lojas de preços baixos com uma data de validade incorrecta (34/05/2008).
Na nota que ontem emitiu, a ASAE esclarece que o "produto eventualmente contrafeito distingue-se do original dado que a sua rotulagem não se encontra em língua portuguesa e tem a indicação de ter sido fabricado na África do Sul (South Africa) ou imprecisões ortográficas (Souto Africa)".
Também em comunicado, citado pela Lusa, a Colgate informa que não importa dentífricos para o mercado português provenientes da África do Sul e que está a colaborar com as autoridades para identificar os produtos falsificados.
O Infarmed, por seu lado, garante que, nas condições normais "de utilização de uma pasta dentífrica", o dietilenoglicol "não constituirá risco para a saúde dos utilizadores".