Torne-se perito

Paula Morão é a nova directora-geral do Livro e das Bibliotecas

a É, por enquanto, a única novidade na primeira fila do Ministério da Cultura reestruturado: Paula Morão, catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, vai ser a número um da nova Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, o organismo que substitui, na sequência do PRACE, o antigo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB). Especialista em literatura portuguesa dos séculos XIX e XX, Paula Morão é a maior divulgadora da obra de Irene Lisboa, cuja reedição prefaciou e organizou para a Editorial Presença, mas tem também ensaios publicados sobre autores como António Nobre, Cesário Verde, Carlos de Oliveira, Eugénio de Andrade e Manuel Alegre, que, de resto, apoiou nas últimas presidenciais. Jorge Martins, o ex-presidente do IPLB, não foi reconduzido.
O organograma completo do novo ministério deverá ser divulgado ainda esta semana, disse ontem ao PÚBLICO a assessora Maria do Céu Novais, mas só depois do regresso de Isabel Pires de Lima: até amanhã, a ministra estará em Riad, aonde foi acompanhar a inaguração da exposição Paisagem Portuguesa Contemporânea. Paula Morão integrou a comitiva oficial portuguesa na Arábia Saudita e foi justamente em Riade que a ministra anunciou a nomeação.
A entrada de Paula Morão para a nova direcção-geral será um caso relativamente isolado: a maioria dos dirigentes dos organismos tutelados pelo ministério vão ser reconduzidos, mesmo nos casos em que as implicações do PRACE são mais violentas. Elísio Summavielle vai ser o novo director do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico, que funde o Ippar (que dirigiu até aqui) com o Instituto Português de Arqueologia e a Direcção-Geral de Edifícios e Monumentos. A fusão é também o destino do Instituto Português de Museus (IPM) e do Instituto da Conservação e Restauro, que darão lugar ao Instituto dos Museus e Conservação, dirigido por Manuel Bairrão Oleiro, actual director do IPM.
Jorge Couto, José Pedro Ribeiro e Silvestre Lacerda mantêm-se, respectivamente, na Biblioteca Nacional, no Instituto do Cinema, Audiovisual e Multimédia e na Torre do Tombo (que passa a integrar o Centro Português de Fotografia).

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