Salários em atraso cancelam treino

a Os jogadores do Vitória de Setúbal não se treinaram ontem, optando por esperar a chegada do presidente da SAD setubalense, Jorge Santana, com quem estiveram reunidos durante pouco mais de 30 minutos. O objectivo era tentar encontrar uma solução para os problemas financeiros que afectam o clube sadino e que fazem com que o plantel esteja prestes a atingir o terceiro mês sem receber ordenado.No final do encontro, o guarda-redes Marco Tábuas, um dos "capitães" do V. Setúbal, não revelou se o presidente da SAD tinha avançado com qualquer proposta, mas na véspera, e confrontado com a rescisão de contrato de alguns atletas da equipa de andebol, Santana confessou a sua impotência para resolver a situação, admitindo não ter nenhuma solução para apresentar - no caso dos jogadores de andebol os salários em atraso variam entre os cinco e os 11 meses.
Ainda de acordo com Marco Tábuas, o presidente da SAD setubalense terá apenas adiantado alguns pormenores da exposição que deverá fazer na reunião de sócios de hoje (21h00), no Fórum Luísa Todi, onde será analisada a actual situação financeira do clube.
Face à situação difícil que vivem em Setúbal, alguns jogadores já recorreram ao Sindicato dos Jogadores (SJ). Joaquim Evangelista, presidente daquela entidade, confirmou ao PÚBLICO o pedido de auxílio dos futebolistas sadinos e acrescentou que a situação que se vive no V. Setúbal não é única entre os clubes da Liga. "Há mais clubes que, a partir do próximo dia 5, terão três meses de salários em atraso para com os seus jogadores.
E não estou a falar apenas da I Liga. Também nos escalões secundários há situações semelhantes", reconheceu.
Para ajudar a resolver alguns dos problemas pessoais que o incumprimento salarial dos clubes origina aos futebolistas, o SJ presta auxílio financeiro.
Na época passada, disse Evangelista, foram mais de 100 mil euros que o SJ disponibilizou aos seus associados. J.M.M., com Lusa

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