Historiador e africanista Joseph Ki-Zerbo

O historiador e político burquino Joseph Ki-Zerbo (1922-2006) morreu na segunda-feira em Ouagadougou, capital do Burkina Faso. Autor de uma obra de referência sobre o continente africano, Histoire de l"Afrique Noire (Paris, Hatier, 1972), Ki-Zerbo foi o primeiro negro a tornar-se professor agregado de História na Sorbonne, na década de 50, e um dos primeiros a refutar academicamente a tese de que a África Negra não tinha cultura nem história. Natural de Toma, no então Alto Volta, fez os estudos liceais em Bamako, no Mali, onde ganhou uma bolsa de estudo para a Universidade de Paris. No final dos anos 50, regressou à África Negra e instalou-se em Dacar, onde criou o Movimento de Libertação Nacional, uma estrutura fundamental na dinamização dos movimentos independentistas dos países da África Ocidental. Exilado durante longos anos, voltou ao Burkina Faso em 1993 e fundou, no ano seguinte, o Partido para a Democracia e o Progresso, membro da Internacional Socialista. Pertenceu ainda ao Conselho Executivo da UNESCO e foi deputado à Assembleia Nacional. Para Quando África?, a longa entrevista que concedeu a René Holenstein, foi publicada em Portugal pela Campo das Letras, em Março deste ano.

O NÚMERO

2

milhões de euros é quanto a indústria do cinema perdeu em 2005 em potenciais receitas por causa da pirataria na China, revelou um estudo publicado ontem pela associação americana de cinema MPA, que defende os interesses mundiais dos grandes estúdios de Hollywood, noticiou a France Presse. "Mas não se trata apenas de filmes de Hollywood, todo o mundo é roubado", disse numa conferência de imprensa em Pequim o vice-presidente da MPA, Michael Ellis.

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