Torne-se perito

A espécie de magazine dos quatro Gato Fedorento

Caricatura de personagens anónimas dá lugar à de figuras célebres: Floribella e Maria Elisa, por exemplo

O Gato Fedorento instala-se amanhã, pela primeira vez na sua carreira televisiva, em horário nobre de fim-de-semana. Diz que é uma espécie de magazine, o nome da segunda série do programa do famoso quarteto formado por Ricardo Araújo Pereira, Miguel Góis, Tiago Dores e José Diogo Quintela, produzida para a RTP, vai incidir mais sobre as notícias da actualidade, daí o nome de magazine, e brincar com as figuras mais populares da televisão. Para trás fica, por agora, pelo menos, um dos traços mais marcantes do humor Gato Fedorento: a caricatura de personagens anónimas. "Prometemos ser diferentes", diz José Diogo Quintela, enquanto Ricardo Araújo Pereira se transforma em Paulo Bento, o treinador do Sporting. "Há dois anos que fazíamos os mesmos sketches. Antes das pessoas se queixarem decidimos mudar", afirma, garantindo que o público vai começar a ver o Gato Fedorento a caricaturar José Sócrates, Maria Elisa, mas também Floribella, ou os DZert. "Contamos fazer muitos amigos."
Sobre o facto de este tipo de humor, mais distante do anónimo Lopes da Silva, estar mais perto de fórmulas como a usada por Herman José, por exemplo, José Diogo Quintela afirma. "A matéria-prima é sempre a mesma. É a do Herman e a dos outros humoristas todos", diz.
Mas para além de uma fórmula de humor um pouco diferente, também o programa ganha um novo formato. Será gravado todos os sábados, na véspera de ir para o ar, em estúdio e com público. E está previsto que muitas vezes possa ter um convidado especial. Amanhã, por exemplo, é a vez dos Da Weasel. "Este programa pedia público, a componente feita em estúdio ganha com a reacção do público, o silêncio, os apupos", diz Ricardo Araújo Pereira, que frisa que nas sugestões que apresentaram à RTP para futuros projectos já tinham falado num programa com este perfil. E José Diogo Quintela garante que, da parte da direcção de programação da RTP só houve um pedido: "O Nuno Santos queria que tivesse piada.".
Autores de todos os textos do programa, os Gato reconhecem que o facto deste Diz que é uma espécie de magazine se prender muito à actualidade informativa os obriga a estar mais informados: "Obriga-nos a estar muito atentos à TV e a ler muitos jornais. Mas isso também é algo que sempre fizemos", diz Ricardo Araújo Pereira, acrescentando que o facto do programa ir passar em horário nobre de fim-de-semana, logo a seguir a As escolhas de Marcelo, não assusta o Gato Fedorento: "O professor Marcelo vai fazer a primeira parte."

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