Museu de Quartzo de Viseu vai começar a ser construído mesmo sem aprovação oficial

O presidente da câmara, Fernando Ruas, cansou-se de esperar pela decisão do Ministério da Cultura e vai avançar com a obra em Setembro

O Museu do Quartzo poderá começar a ser construído em Setembro no Monte de Santa Luzia, em Viseu, mesmo sem a aprovação do Ministério da Ciência e Tecnologia, anunciou o presidente da autarquia, Fernando Ruas.O autarca do PSD afirmou ontem que a construção do museu vai ser entregue ao empreiteiro no dia 4 de Setembro, "mesmo que a homologação por parte do ministério não chegue" entretanto. "Temos tudo aprovado e, como o chefe do gabinete do ministério diz que a homologação é apenas um acto processual, vamos avançar", acrescentou o edil.
Fernando Ruas contou aos jornalistas, no final da reunião de câmara semanal, que a entrega da obra ao empreiteiro já foi adiada "por uma ou duas vezes, por uma questão de segurança", uma vez que o município de Viseu preferia avançar com a construção depois da aprovação pelo ministério.
Com a construção do Museu do Quartzo, a autarquia espera dar vida ao Monte de Santa Luzia, onde, durante décadas, existiu uma exploração daquele mineral, evidenciando as várias utilidades do quartzo, nomeadamente nos relógios e aparelhos de precisão.
No dia 4 de Setembro, a obra será entregue ao empreiteiro - cuja identidade não foi ainda revelada - e que terá um mês para iniciar os trabalhos. A obra, com um investimento de um milhão de euros, é financiada na totalidade pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e contempla a construção do equipamento, recheio e documentação.
O projecto inclui ainda alguns pormenores complementares, nomeadamente os arranjos exteriores, no sentido de aproveitar a lâmina de água existente. Devido à exploração mineira, o monte tem uma grande cratera, que foi abandonada sem qualquer investimento na sua recuperação ambiental. Depois de tentativas para esbater o impacte visual provocado pela exploração, a Câmara de Viseu questionou Galopim de Carvalho, enquanto especialista e director do Museu Nacional de História Natural (MNHN), sobre o interesse geológico e museológico da massa de quartzos exposta. lusa

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