Tambores de todo o mundo para todos no Seixal

De hoje até domingo, os tambores voltam a reinar no Festival Portugal a Rufar. Para todos os gostos e idades

Lançado em 2005, a título experimental, foi semente que deu fruto: num ano, o Festival Internacional Portugal a Rufar quadruplicou as verbas e o número de participantes. Quem o diz é Rui Júnior, que assinala com orgulho esta progressão: "No ano passado fizemos um festival modesto, que correu muito bem. Este ano tivemos muitos apoios, a população e o comércio local aderiram em massa. O festival quadruplicou em verbas e em número de participantes."Fundador do grupo O Ó Que Som Tem, nos anos 80, e dinamizador de muitos projectos ligados à percussão em Portugal, como a orquestra Tocá Rufar e o CAIS (Centro de Artes e Ideias Sonoras), Rui Júnior sublinha que praticamente tudo melhorou, até do ponto de vista logístico. Os bebés e crianças até 8 anos têm, este ano, no Espaço Xarilas, não só mais pessoas para cuidarem deles como animação própria: haverá vários espectáculos de teatro, dança, percussão, marionetas e sombras chinesas.
O palco principal (Portugal a Rufar) é, segundo Rui Júnior, o triplo do de 2005 e foi instalado num terreno suplementar cedido pela Câmara do Seixal. O espaço reservado à audiência também cresceu e suporta agora 4 mil pessoas. Porque o calor pode apertar, há, também, 6 mil garrafas de água para serem distribuídas gratuitamente.
"Há também uma tenda grande e workshops constantes. Tentámos que o festival fosse o mais interactivo possível, ajudando a quebrar a barreira entre público e artistas. Vamos pôr instrumentos à disposição, para que possam experimentá-los e tocá-los. A ideia é que as pessoas guardem do festival não apenas boa memória dos espectáculos que viram mas também da sua experiência, do dia em que eles próprios puderam ser artistas."
Momentos altos do festival haverá vários, mas Rui Júnior destaca quatro: "O grupo búlgaro da Elitsa Todorova [sábado], que é uma coisa fantástica; os Trans(e)tambourins [sexta], grupo de quatro virtuosos, um turco, um indiano, um brasileiro e um italiano, que vai ser um grande espectáculo. A antecedê-los, destaque para os Gaiteiros de Lisboa e, no sábado, para os Terrakota, que vão rebentar com o festival."
A acrescer a isto haverá, no domingo (dia em que a entrada é grátis para toda a gente) um momento imperdível: "Um grande espectáculo de fusão com os países estrangeiros, os búlgaros, os Trans(e)tambourins, os belgas, os italianos, os estonianos, os indianos... Temos estado a ensaiar todos os dias com eles para fazer um espectáculo inesquecível."

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