Polis de Setúbal inaugura auditório Zeca Afonso

Estrutura ao ar livre desenhada pelo arquitecto Manuel Salgado tem capacidade para 2500 espectadores

A primeira obra do Polis de Setúbal, um anfiteatro ao ar livre no Largo José Afonso, vai ser inaugurada esta tarde pelo presidente da câmara sadina e pelo coordenador do Programa Polis, Pinto Leite, em representação do ministro Nunes Correia. Com capacidade para 2500 espectadores, o auditório Zeca Afonso, inicialmente conhecido como "mini praça Sony", está vocacionado para receber espectáculos de música, dança, teatro e outro tipo de animações. Da autoria do arquitecto Manuel Salgado, custou 4,3 milhões de euros e tem em vista a requalificação de uma zona nobre da cidade, em plena Avenida Luísa Todi.
Mas não é consensual a opinião sobre a qualidade estética do equipamento, que contempla um pórtico com cerca de 25 metros de altura. Durante a última campanha eleitoral, o assunto mereceu reparos da oposição, que questionou ainda a utilidade de um espaço para espectáculos ao ar livre. Carente de equipamentos vocacionados para a cultura, Setúbal poderá não usufruir em pleno do anfiteatro Zeca Afonso fora do período do Verão.
Para esta tarde não foi preparado qualquer espectáculo para assinalar a cerimónia. "Vai haver alguma animação, como é óbvio, mas será acima de tudo a inauguração e mostra do espaço ao público", explica Carlos de Sousa, presidente da Câmara de Setúbal.
"Estamos a prever depois, para Novembro ou Dezembro, e de acordo com o boletim meteorológico, fazer um grande espectáculo musical com artistas de Setúbal", acrescenta o autarca, reconhecendo que o espaço é "para utilizar mais na Primavera e no Verão".
O edifício é semi-enterrado e tem armazéns e camarins na parte inferior, sendo que as bancadas acompanham o desnível do terreno. O projecto contempla ainda 70 lugares de estacionamento e representa apenas uma parte da requalificação prevista pelo programa Polis.
Segue-se a obra do Parque Urbano de Albarquel, no antigo parque de campismo, e a Avenida Luísa Todi, a mais complexa de toda a intervenção.

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