Letizia ortiz admitida Na clínica onde vai dar à Luz

A princesa das Astúrias, Letizia Ortiz, deu ontem ao final da tarde entrada na clínica Ruber, em Madrid, a conselho do seu ginecologista. Apesar de o parto do que será o primeiro filho do herdeiro da coroa espanhola, Felipe, estar previsto apenas para meados de Novembro, esta foi a segunda vez que Letizia se dirigiu à unidade de saúde. Na primeira, há uma dezena de dias, a visita acabou por ser breve, já que a princesa, depois de observada pelos médicos, acabou por ser enviada para casa. Ontem, até à hora de fecho desta edição, não eram conhecidos mais detalhes, mas os meios de informação espanhóis confirmavam que o príncipe Felipe de Bourbon estava com a sua mulher quando esta deu entrada na clínica, por volta das 20h00 locais.
A clínica há muito estava preparada para este momento. Quatro quartos foram reservados para a família real e a imprensa começou durante a semana passada a marcar posições: na quinta-feira já havia uma bancada com três degraus onde se equilibravam uma meia dúzia de câmaras de televisão. Duas dezenas de jornalistas, segundo a contabilidade de um repórter da AFP, afadigavam-se a marcar lugares com fita adesiva.
A imprensa tem feito eco de alguns negócios de ocasião: varandas com vista para a clínica Ruber, na zona norte de Madrid, foram alugadas por 4500 euros. Um bom investimento para quem quer ter a certeza de não perder pitada do momento histórico - a zona é fortemente vigiada, no exterior e no interior das instalações. O pessoal da unidade de saúde teve de assinar um termo de confidencialidade.
Letizia ocupará o quarto 10, enquanto os 11, 12 e 13 ficam reservados para outros membros da família real, incluindo, naturalmente, o príncipe Felipe, que anunciou publicamente querer assistir ao parto. Não terá, contudo, muita companhia: nos dois partos da sua irmã, a infanta Elena, nesta mesma clínica, todo o andar foi encerrado.
À medida que se aproxima o momento do parto, cresce a expectativa sobre o sexo do bebé, que, a ser menina, pode vir a tornar-se a primeira chefe de Estado espanhola de pleno direito desde Isabel a Católica (1451-1504). A Constituição do país prevê que o primeiro filho varão seja o herdeiro do trono, mas o PSOE, no poder, pretende alterá-la neste ponto, introduzindo a igualdade entre homens e
mulheres. PÚBLICO/AFP

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