Bandeira nacional do Alto do Parque Eduardo VII está em manutenção

A maior bandeira nacional do país, inaugurada em Setembro por Santana Lopes e Carmona Rodrigues no alto do Parque Eduardo VII, em Lisboa, desapareceu na noite de domingo. Mas os lisboetas que ontem deram pela falta do estandarte podem sossegar, porque não foi roubado por nenhum nacionalista mais fervoroso. Acontece que os primeiros ventos e chuvas começaram a fazer mossa no tecido da gigantesca bandeira, que já apresentava alguns pequenos rasgões, e a empresa municipal Ambelis mandou-a retirar. De acordo com João Pessoa e Costa, presidente da Ambelis, empresa responsável pela feitura e manutenção da bandeira, esta foi retirada na noite de domingo, estando neste momento a ser "afinada". "Tem de se afinar, de acordo com os ventos e as chuvas, para se perceber quais os pontos onde a costura deve ser reforçada, para evitar que rasgue com tanta facilidade", explicou aquele responsável, que garantiu ainda que a bandeira será reposta já hoje. E, para o caso de o Inverno vir a ser muito rigoroso, a Ambelis já tratou de mandar fazer outro exemplar, com os mesmos 240 metros quadrados de área de superfície que a peça original, que se ergue num mastro de 35 metros de altura. Este último legado de Santana Lopes a Lisboa, inaugurado no dia 11 de Setembro - "numa altura em que em Portugal só se fala de pessimismo, [a bandeira] é um acto de fé que exalta as virtudes do patriotismo", disse o ex-autarca na cerimónia de inauguração -, já serviu de mote a uma manifestação nacionalista contra a adopção de crianças por casais homossexuais. Anabela Mendes

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