Alexandre Melo é o assessor para a Cultura de José Sócrates

O crítico e comissário Alexandre Melo foi nomeado na semana passada assessor para a Cultura do primeiro-ministro José Sócrates. Com este nome, Sócrates fez uma escolha de maior visibilidade e mais ligada à arte e à cultura contemporânea em relação a qualquer dos seus antecessores recentes: Durão Barroso foi buscar André Dourado, mais ligado ao património histórico; António Guterres chamou Francisco Motta Veiga, que vinha do meio da música clássica. Melo, de 46 anos, tem sido um dos nomes centrais da crítica de arte das últimas duas décadas em Portugal, associado à emergência de nomes hoje consagrados, como Julião Sarmento, Pedro Cabrita Reis ou Rui Chafes. Mas é também reconhecido pelo meio da Nova Dança Portuguesa, tendo colaborado, nomeadamente, com o coreógrafo e bailarino Francisco Camacho. Licenciado em Economia e doutorado em Sociologia, nas artes plásticas é um dos agentes nacionais melhor posicionado a nível internacional, sendo colaborador de algumas das mais reconhecidas revistas da especialidade, como a Flash Art, a Artforum, a Art Press ou a Parkett. Professor de Sociologia da Arte e Cultura Contemporânea no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), desde o início da década de 80 que escreve regularmente para jornais como o JL e o Expresso. É também curador das colecções de arte do Banco Privado Português e da Fundação Ellipse, com cerca de 30 investidores, nomeadamente portugueses, espanhóis e brasileiros. Como comissário, foi responsável pela participação de Julião Sarmento como representante português na Bienal de Veneza de 1997, e pela do escultor Rui Chafes e da bailarina e coreógrafa Vera Mantero na última edição da Bienal de São Paulo (2004). Entre os seus livros publicados estão Aventuras no Mundo da Arte (2003), O que é Globalização Cultural (2002), O que é Arte (3ª edição, 2001), Arte e Mercado em Portugal (1999), As Artes Plásticas em Portugal dos anos 70 aos Nossos Dias (1998) e Velocidades Contemporâneas (1995). V.R.

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