Vasco Pulido Valente, actualmente cronista no PÚBLICO, recebeu ontem em Lisboa o Prémio de Crónica João Carreira Bom, no valor de cinco mil euros, distinguindo o conjunto de crónicas que escreveu no Diário de Notícias e no PÚBLICO em 2004.Instituído pela Sociedade da Língua Portuguesa (SLP) e pelo site Ciberdúvidas, com o patrocínio da Vodafone, o Prémio de Crónica João Carreira Bom visa preservar e promover aquele género jornalístico, premiando os cronistas que mais se distinguiram em cada ano.
Elsa Rodrigues dos Santos, presidente do júri e da SLP, recordou durante a cerimónia que o prémio "pretende distinguir os melhores cronistas portugueses", revelando ainda que tem uma duração prevista de cinco anos. Em relação à escolha de Pulido Valente, realçou que é uma "figura reconhecida da crónica política portuguesa". Segundo Elsa Rodrigues, o júri decidiu premiar o trabalho por "exercer uma actividade regular, ser polemista e pela qualidade da escrita".
O presidente da Vodafone Portugal, António Carrapatoso, apontou duas razões para a associação da sua empresa a este prémio. Antes de mais pela "afectividade que liga a Vodafone a João Carreira Bom", uma vez que foi um dos seus colaboradores na área da comunicação social. Outra razão é a assumpção da responsabilidade social da empresa, uma vez que a Vodafone quer ser "uma das melhores empresas portuguesas" e, como tal, "pretende apoiar tudo aquilo que é importante para a sociedade".
O júri do galardão foi composto, além da sua presidente, pelo escritor Urbano Tavares Rodrigues, pelos jornalistas Maria José Mauperrin, Fernando Dacosta e Adelino Gomes e por José Gabriel Viegas, em representação da Vodafone.
O jornalista João Carreira Bom fundou, em 1997, e em parceria com o colega de profissão José Mário Costa, o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, um consultório linguístico na Internet que tem hoje um arquivo de mais de 13 mil questões.
Sendo também da responsabilidade da SLP, o site - alojado em www.ciberduvidas.com -
enfrentou graves dificuldades de financiamento após a morte de Carreira Bom em 2002, tendo chegado a estar encerrado durante cerca de um ano. Marco Monteiro Cândido, com Lusa