José Sócrates promete recuperar 150 mil empregos em quatro anos

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Sócrates promete o estímulo ao crescimento económico, tendo em vista proporcionar novas oportunidades de emprego Armando Franca/AP

"Raramente se viu um Governo perder em tão pouco tempo tantos empregos. É chocante, porque nesse período não houve da parte dos governos [PSD/CDS-PP] qualquer resposta, o que demonstra uma enorme insensibilidade", afirmou o líder socialista, que falava após uma visita ao Centro de Emprego das Picoas, em Lisboa, e antes de se deslocar ao Centro de Formação Profissional dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Serviços e Novas Tecnologias (Citeforma).

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"Raramente se viu um Governo perder em tão pouco tempo tantos empregos. É chocante, porque nesse período não houve da parte dos governos [PSD/CDS-PP] qualquer resposta, o que demonstra uma enorme insensibilidade", afirmou o líder socialista, que falava após uma visita ao Centro de Emprego das Picoas, em Lisboa, e antes de se deslocar ao Centro de Formação Profissional dos Trabalhadores de Escritório, Comércio, Serviços e Novas Tecnologias (Citeforma).

Para combater essa herança, Sócrates promete que, se o PS formar Governo após as legislativas, as suas prioridades passarão pelo estímulo ao crescimento económico, tendo em vista proporcionar novas oportunidades de emprego, e pela aposta na qualificação e nas políticas de conhecimento.

"Um dos números mais terríveis de Portugal é o facto de apenas ter no sector privado cerca de 750 mil pessoas com habilitações superiores ao 12º ano de escolaridade", observou, antes de sublinhar "não haver receitas milagrosas" para os problemas económicos e financeiros do país.

"Não vou prometer o paraíso. Apenas digo que é possível fazer melhor do que o que foi feito nos últimos três anos e recuperar os 150 mil postos de trabalho perdidos nesse mesmo período", reiterou o secretário-geral do PS.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, existem actualmente em Portugal mais de 375 mil desempregados, um número contestado pela CGTP-IN, que calcula que haja mais de meio milhão de pessoas sem emprego.

A visita de José Sócrates ao Centro de Emprego das Picoas foi marcada por alguma controvérsia em torno da evolução do número de desempregados registados naquele serviço entre o final de 2001 (último ano do Governo socialista) e 2004.

Após insistentes perguntas do líder socialista, o delegado regional do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Lisboa e Vale do Tejo, Vítor Gil, referiu que, entre o final de 2001 e 2004, o número de inscritos teria aumentado de cerca de três mil para perto de quatro mil.

No entanto, dados do portal do IEFP das Picoas referem que, em idêntico período, o número de inscritos à procura de emprego aumentou de 4721 para 7188.

Sócrates despreocupado com "mergulhos" de Morais Sarmento

Questionado sobre o episódio que envolveu o ministro Morais Sarmento, em São Tomé e Príncipe, Sócrates afirmou estar apenas "mergulhado" nos problemas do emprego. "Estou preocupado com os problemas do desemprego e não com os mergulhos do ministro da Presidência", afirmou aos jornalistas, para comentar a polémica em torno da visita de trabalho do ministro de Estado e da Presidência a São Tomé e Príncipe, que terá sido aproveitada por Morais Sarmento para actividades de lazer no sábado.

Em declarações à SIC Notícias, Morais Sarmento disse que não teve programa oficial no sábado e participou num programa de mergulho na ilha do Príncipe, a convite das autoridades locais.